Vida humana

A responsabilidade de saber

Resumindo o que falamos até agora, podemos dizer que todos os ensinamentos que vocês recebem devem gerar uma determinada fé e intencionalidade. Mas, repare, eu não falei podem, mas devem. Porque esta obrigação? Porque tudo o que você recebe como informação lhe gera uma responsabilidade.

Nenhum ensinamento dos mestres lhes é transmitido de graça. Tudo gera uma responsabilidade, uma obrigação. A que vocês são obrigados quando recebem um ensinamento? De colocar em prática o que aprendeu. É por isso que André Luiz diz que a quem muito foi dado muito será cobrado.

Toda informação que você recebe do mundo espiritual acaba com a oportunidade de alegar inocência quando findar a encarnação. Acaba com a chance de você dizer que não sabia que era necessário viver desta ou daquela forma. Depois que se recebe um ensinamento, a alegação de inocência deste assunto não mais será aceita.

Isso Cristo ensinou pela parábola dos talentos:

O Reino do céu será como um homem que ia fazer uma viagem. Chamou os seus empregados e os pôs para tomarem conta da sua propriedade. E lhes deu dinheiro de acordo com a capacidade de cada um: ao primeiro deu cinco mil moedas de prata; ao outro duas mil e ao terceiro, mil. Então, foi viajar. O empregado que tinha recebido cinco mil saiu logo, fez negócios com o seu dinheiro e conseguiu outras cinco mil. Do mesmo modo, o que havia recebido duas mil moedas conseguiu outras duas mil. Mas, o que tinha recebido mil saiu, fez um buraco na terra e escondeu o dinheiro do patrão.

Depois de muito tempo o patrão voltou e acertou as contas com eles. O empregado que tinha recebido cinco mil moedas chegou e entregou mais cinco mil, dizendo: ‘o senhor me deu cinco mil moedas. Olhe, aqui estão outras cinco mil que consegui ganhar’.

- Muito bem, empregado bom e fiel, disse o patrão. Você foi fiel negociando com pouco dinheiro, por isso vou por você para negociar com muito dinheiro. Venha festejar comigo!

Então, o empregado que havia recebido duas mil moedas chegou e disse: ‘o senhor me deu duas mil moedas. Olhe, aqui estão mais duas mil que consegui ganhar’.

- Muito bem, empregado bom e fil, disse o patrão. Você foi fiel negociando com pouco dinheiro; por isso vou por você para negociar com muito. Venha festejar comigo’

Aí o empregado que havia recebido mil moedas chegou e disse: ‘eu sei que o senhor é um homem duro; colhe onde não plantou e junta onde não semeou. Fiquei com medo e por isso escondi o seu dinheiro na terra. Veja, aqui está o seu dinheiro’.

- Empregado mau e preguiçoso, disse o patrão. Você sabia que colho onde não plantei e junto onde não semeei. Por isso você devia ter depositado o meu dinheiro no banco e, quando eu voltasse, o recebia com juros.

Depois virou para os outros empregados e disse: ‘tirem o dinheiro dele e dêem ao que tem dez mil moedas. Porque aquele que tem muito receberá mais e assim terá mais ainda; mas quem não tem, até o pouco que tem tirarão dele. E joguem fora, na escuridão, o empregado inútil. Ali ele vai ranger os dentes’.

(Bíblia Sagrada – Evangelho de Mateus – Capítulo 25 – Versículo 14 a 30)

Aquele que recebe de Deus um bem para cuidar, um ensinamento, e não o coloca para render juros, ou seja, não o utiliza para alcançar a elevação espiritual, vai para o mundo escuro onde se range os dentes. Onde é isso? Na Terra... Ou seja, este terá que reencarnar. Durante a nova oportunidade receberá novamente ensinamentos para ver o que fará com eles.