A lei e a fé - Carta aos romanos

A misericórdia de Deus para Israel

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Por isso agora eu pergunto: será que Deus rejeitou o próprio povo? De jeito nenhum! Porque eu mesmo sou israelita, descendente de Abraão e membro da tribo de Benjamin. (Capítulo 11 – versículo 01)

Deus não rejeita os religiosos, apesar deles usarem a religião para o seu próprio prazer.

Deus não rejeitou o eu povo, porque Ele escolheu desde o principio. Vocês sabem o que as Escrituras Sagradas dizem naquele trecho em que Elias, diante de Deus, acusa o povo de Israel assim: Senhor eles mataram teus profetas e destruíram teus altares. Eu sou o único que ficou e eles estão querendo me matar. O que foi que Deus respondeu? Ele disse: guardei para mim sete mil homens que não adoraram o deus Baal. (Capítulo 11 – versículo 02 e 05)

 O deus Baal, era o diabo... O deus individualista, aquele que pregava o prazer.

Deus guardou para Ele sete mil homens, mas na verdade não são sete mil, são mais.

Por mais que tentem calá-la, a verdadeira religião, de tempos em tempos sempre reaparecerá numa forma pura e cristalina: o amor a Deus acima de todas as coisas. Quando isso ocorre, é hora daqueles que querem acompanhar esta religião. Mas, apenas os que querem: não podemos esperar que essa mensagem vá ser ouvida por todos, pois não será.

Uns sempre se revoltarão contra Deus e seus emissários quando a religião pura e cristalina chegar, pois a natureza humana é assim. Mas, mesmo nesse caso, o que não podemos é julgá-los. Dê a ele o direito de ir contra Deus, pois é vontade dele. Agora, ele que arque com o custo disso.

A mesma coisa também acontece agora: por causa da graça de Deus, ainda existe um pequeno numero daqueles que os escolheu. A sua escolha é baseada na sua graça e não no que eles têm feito. (Capítulo 11 – versículo 05 e 06)

Quantas vezes você já ouviu falar assim: 'aquele ali, quem é ele para falar? Ele fala de Deus, mas ele tem amante, faz besteiras, fuma, bebe.....

O poder da transmissão do evangelho, o ensinamento da fé, não se assenta sobre os atos de alguém, mas da graça que Deus dá a cada um. Muitas vezes, o mestre é o oposto daquilo que prega propositalmente. Para quê? Para ver se você acredita na mensagem, se está preocupado com a sua salvação ou se está preocupado em julgar o próximo. É isso que Paulo está nos ensinando.

Buda dizia o seguinte: se você tiver que esperar um santo vir aqui para passar a mensagem, isso vai demorar muito. Aceite a mensagem da fonte que ela vier... Portanto, você precisa isolar o mensageiro da mensagem.

O mensageiro é o mensageiro. É o ser humano que está na sua busca e luta de desumanizar-se. A mensagem que ele traz vem de Deus, mas não é dele.

Por exemplo, se fala muito dos pastores da religião evangélica, mas tem muitos que trazem a mensagem de Deus com com uma fé muito grande. 'Ah, mas todos os pastores estão sempre pregando o dízimo, querendo o dinheiro dos outros'. Esse é o preconceito que vocês têm com relação a eles é verdadeiro: eles realmente pregam o dízimo e pedem dinheiro... Mas, isso é problema dele... ao invés de se preocupar com o seu dinheiro, ouça a mensagem dele e vai encontrar a palavra de Deus. Não vá ao culto dos pastores para dar ou defendendo o seu dinheiro: vá para ouvir a mensagem de Deus através dele.

É sempre aquela história: não julgue nunca.

Porque, se a escolha de Deus fosse baseada no que as pessoas fazem, então a sua graça não seria verdadeira. (Capítulo 11 – versículo 06)

Porque a graça de Deus não seria verdadeira se fosse baseada no que cada um faz? Porque cada um faz o que faz porque Deus quer assim. Vou dar um exemplo.

Se eu fumo é porque Deus me faz fumar agora. Agora, se fumar é errado, como é que Deus vai me julgar se é Ele quem me faz fumar?

O que vamos dizer? Que o povo de Israel não encontrou o que estava procurando. (Capítulo 11 – versículo 07)

Simplesmente isso. O religioso precisa compreender que não conseguiu chegar a Deus. Por mais que ele se imagine ao lado do Senhor, o sofrimento que ainda tem com as coisas da Terra, comprova que ele não chegou ao lado do Senhor.

Quem encontrou foi um pequeno grupo que Deus escolheu; os outros não quiseram ouvir o chamado de Deus. Como dizem as Escrituras Sagradas: Deus endureceu seus corações e as suas mentes, e até hoje eles não podem ver com os seus olhos nem ouvir com os seus ouvidos. (Capítulo 11 – versículo 07 a 08)

Os outros ainda vêem as coisa com olhos e ouvidos de ser humano.

E David disse: que nas suas festas eles sejam apanhados e enganados, que caiam e sejam castigados! Faze que eles fiquem cegos e que fiquem sempre curvados debaixo do peso das suas dificuldades.

Agora pergunto: quando os judeus protestaram, será que caíram em desgraça total? De jeito nenhum! (Capítulo 11 – versículo 09 a 11)

Não existe desgraça total, inferno. Deus está dando sempre uma nova chance.

Mas porque pecaram, então a salvação veio para os não judeus, para fazer que os judeus ficassem com ciúme deles. (Capítulo 11 – versículo 11)

Com relação a estar condenado ao inferno, quero lembrar que o inferno não é só um lugar mas um estado de espírito. Sempre que você está sofrendo, está no inferno.

Mas, ao invés de se sentir condenado com relação a isso, tente sair desse estado de espírito, pois não há mal que nunca acabe. O problema é que vocês ficam esticando o sofrimento o máximo possível...

Colocam barreiras para serem felizes e com isso esticam o inferno, o sofrimento...

O pecado dos judeus trouxe grandes bênçãos para o mundo, e a sua pobreza espiritual trouxe grande riqueza para os não judeus. (Capítulo 11 – versículo 12)

Olha só: o pecado trouxe grande riqueza para o mundo. É isso que precisamos compreender: a coisa errada traz riqueza para o mundo. Sabe, gosto muito quando ouço alguém condenar outra pessoa ao fogo eterno sem compreender que aquela pessoa que ele está condenando está trazendo a riqueza ao mundo.

Se alguém faz o que você não gosta, em resposta grita, berra, xinga e o acusa. Mas, ele trouxe riqueza para a sua vida, pois trouxe aquilo que você não gosta. Receber o que não se gosta, passar por uma situação de contrariedade, é a maior riqueza que o ser humanizado pode receber. Não há dinheiro nesse mundo capaz de comprar a oportunidade do trabalho espiritual que a contrariedade lhe dá.

Mesmo que a outra pessoa tenha feito tal ato por individualismo, ou seja, tenha tropeçado, para você aquilo é riqueza, um tesouro. É a oportunidade de se tornar mais rico espiritualmente falando, pois porque você receber quando exercer a sua fé. Sendo assim, quando a pessoa lhe deu a oportunidade de exercer a sua fé, ela lhe trouxe riqueza, pois exercendo-a, receberá de Deus o seu pagamento.

Aquele que faz não será condenado pelo que fez, pois sempre acaba servindo de instrumento para a melhora de outro. O que o agente receberá é um carma para si. Ou seja, terá que passar pela situação carmática dele...

Mas, isso não é condenação: é amor. Deus não condena ninguém ao fogo do inferno, mas dá a cada um uma nova chance através do carma...

Vocês condenam os outros, mas Deus não. Ele só dá o próximo carma, ou seja uma nova oportunidade de elevação. Se esse ser no próximo carma se libertar, estará livre...

E não importa o quando você o critique, acuse ou condene: isso não muda nada para Deus que sabe tudo...

Então, quando se completar o numero de judeus que voltarão a Deus, as bênçãos serão muito maiores ainda. (Capítulo 11 – versículo 12)

Quando cada um aproveitar suas chances, as bênçãos serão maiores.