2ª Conversa - Relações familiares e relações amorosas

A atitude do outro

Participante: se não gosto de atitudes de minha mãe, pai, sogro ou sogra é porque elas são necessárias acontecer comigo para saber amá-los? Só o fato de me manter neutro não deixando a atitude deles atingir meu coração estou amando?

 Se você não gosta de uma atitude de seus familiares, é porque ainda acha que eles deveriam ter outra.

Veja, se eu tenho uma mãe dominadora e não gosto das atitudes dela de dominar é sinal de que queria que ela não dominasse. A ação de alguém só nos causará alguma coisa se formos contrários a ela.

Por isso, não gostar do que qualquer pessoa faça é sinal de que quer que ela seja diferente. O que é isso? Individualismo. O que é isso? Possessão, você quer dominar os outros.

Para esta forma de ser temos uma saída muito interessante. Vou falar dela.

Vocês acreditam que todos os seres humanos possuem o livre arbítrio. Mais: que esse livre arbítrio é concedido por Deus. O que quer dizer ter o livre arbítrio? É ter a liberdade de escolha, de opção.

Quando você diz que alguém está agindo errado, está querendo castrar o livre arbítrio dele. Veja, Deus deu a ele a liberdade de ser, estar e fazer, mas você quer castrá-lo. Quer que ele aja do jeito que quer. Acha que isso é uma atitude amorosa?

‘Ah, mas Joaquim, se fizer do meu jeito será melhor para ele’. Tem certeza de você possui a capacidade de dizer o que é melhor para os outros? Isso para mim não é amor, mas prepotência. Cada um gosta de uma coisa. Como você pode imaginar que tem o poder de dizer o que é melhor para o outro?

Então, não importa qual seja a atitude, ela é fruto de um livre arbítrio – estou falando pelo lado humano, se for pelo espiritual é fruto de uma programação de vida do espírito – e você precisa dizer isso para si mesmo quando os inimigos vierem atacar a sua paz acusando os outros de terem feito errado. Precisa dizer a si mesmo: ‘ora bolas, eles têm o livre arbítrio, têm o direito de fazer, ser e estarem do jeito que quiserem. Quem sou eu para julgar a livre opção de cada um’?

São esses argumentos, essa conversa que é preciso ter com a mente para se conseguir a paz.