Senhor da Yoga - Cap. 2 - Caminho do discernimento

Versículos 55 a 63

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Senhor da yoga - versículos 55 a 63

O bendito Senhor disse:

55. Ó Partha... quando o homem está satisfeito no ser, pelo próprio ser em si e despojou-se por completo de todos os anseios da mente, então diz-se que tam homem possui uma sólida sabedoria.

56. Aquele que fica imperturbável na adversidade e tampouco anela a felicidade, aquele que não tem apego, nem medo, nem ira, esse é um muni (sábio que se mantém silencioso) de firme sabedoria.

57. Aquele que se mantém desapegado em todas as situações, que não se regozija com o bem estar nem se desespera diante do mal, esse é dotado de firme sabedoria.

58. E quando afasta completamente sua sensorialidade dos respectivos objetos (pensados), tal como a tartaruga esconde os membros de seu corpo na carapaça, então seu entendimento se consolida.

59. Os objetos se desprendem daquele que os deixa de anelar; todavia, o desejo de gozo ainda persiste no íntimo do homem desatento. Portanto, aquele que realiza ou vivencia o Ser Supremo, até desse desejo se liberta.

60. Ó filho de Kunti... os sentidos contaminados tornam-se turbulentos e arrastam para um mau caminho a mente de um homem preso ao senso comum; quanto mais a mente daquele que luta para se aperfeiçoar!

61. O homem de firme sabedoria, meditando em Mim, controla a turbulência de seus pensamentos. Sem dúvida, o entendimento daquele que controlou seus sentidos não vacila nunca.

62. Pensando a respeito dos supostos objetos sensíveis, o homem fica ligado a eles; dessa ligação nasce o desejo e do desejo frustrado nasce a cólera.

63. Da cólera nasce a ilusão; com a ilusão ou obnubilação, perde-se a lucidez. A perda da lucidez conduz a capacidade de discernir à ruína e, com a ruína desta faculdade, o homem perece como escravo do ego.

Até aqui Krishna explicou que quando o ser humanizado pensa sobre alguma coisa nasce o desejo. Ele prende o ser à necessidade do alcançar o que deseja. Quando isto não é realizado, nasce a cólera, a raiva, que são sofrimentos.