Senhor da Yoga - Cap. 2 - Caminho do discernimento

Versículo 67

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Senhor da yoga - versículo 67
Senhor da yoga - versículo 67

67. A mente, identificando-se aos sentidos (pensantes, pensados), sempre errantes e desordenados, perde o reto entendimento e a consciência indevidamente personificada passa a ser arrastada de lá para cá como um barco sobre a água é empurrado pelo vento.

Sentidos pensantes: o que você vê... Sentidos pensados: o que você acha que é...

Já falamos sobre isso, mas nunca é demais repetir...

Participante: O que é consciência personificada?

O espírito encarnado que acha que é o ser humano. O espírito quando vira pessoa...

Está consciência está presa entre o que vê e o que acha que do que vê, ou seja, sentido pensante e pensado.

O que é aquilo ali?

Participante: Uma cadeira...

Você me responde deste jeito porque está presa entre a forma que percebe e os conhecimentos que estão na sua memória que dão este nome àquele objeto. A cadeira lá fora é o objeto pensante; a que existe na sua mente é o objeto pensado...

Participante: Krishna fala que este pensamento é sempre errante e desordenado...

Sim, este pensamento está sempre errante e desordenado. Isto porque ele está sem ordem, sem valores certos...

Uma cadeira é uma cadeira. Ela não é uma cadeira branca, bonita, desconfortável, limpa, daquela forma determinada. É isso que é um objeto errante e desordenado: o que é fruto da aplicação de diversos valores e formas...

Participante: Ele fala também que pensando desse jeito a consciência errante passa a ser arrastada de lá para cá como empurrada pelo vento...

Sim... A cadeira uma hora está suja, outra está limpa; num minuto é bonita, noutro é feio; uma hora presta, na outra não. Esta multiplicidade de pensamentos a respeito de um mesmo objeto que se imagina existir é que garante a perturbação da mente...