Senhor da Yoga - Cap. 2 - Caminho do discernimento

Versículo 52

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Senhor da yoga - versículo 52

52. Quando a tua compreensão superar o valor dos conceitos ilusórios e do espelhismo que eles provocam, ficarás indiferente tanto em relação ao que já ouviste (memória) como ao que terá que ouvir (imaginação).

Da compreensão dos ensinamentos deste trecho surge uma palavra que temos usado muito: apatia, indiferença...

Aquele que alcança a elevação espiritual se torna apático, indiferente ao mundo. Ele não dá valor às coisas deste mundo porque ele sabe que, como Krishna diz, todas as coisas deste mundo são maya, ou seja, ilusão...

O yogue completo sabe disso. Sabe que tudo que ele acha e todos os desejos que têm são criados pela ilusão de estar, ser e fazer. Isso é que estamos ensinando...

A mesma ilusão que Krishna chama de maya, por nós é definida com outras palavras: o mundo é irreal, não existe. Nada do que você vivencia existe. Quando sair desta encarnação tudo isso ficará para você, espírito, num passado remoto, perdido... É só começar uma nova encarnação que tudo isso ficará perdido no tempo...

Vocês já tiveram notícias de espíritos que voltaram a reencarnar junto com os mesmos familiares de encarnações anteriores. Quando isto aconteceu estes seres não tinham a mínima consciência de já haver vivido junto com aqueles. Não possuíam a mínima consciência do sentimento familiar que em uma encarnação viveram tão intensamente como realidade...

O espírito que reencarna não tem a mínima noção do que fez em outras vidas. Mesmo que tenha notícias de coisas que foram realizadas em uma determinada encarnação que tenha vivenciado – refiro-me àqueles que viveram encarnações cujas histórias pertencem ao passado histórico do planeta – não sabe que foi ele quem fez... Isto porque tudo é ilusão...

Ter, ser, querer, fazer, o que disseram, o que você fez, o que deixou de fazer: tudo isso acaba com a morte. Por isso é ilusão... Somente Deus e o Universo são reais...

O ser precisa a partir desta consciência da ilusão do mundo ser apático ele. Só quando ele é indiferente ao mundo consegue ser atento ao Universo, à realidade espiritual...