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Senhor da yoga - versículo 16 | |
Senhor da yoga - versículo 16 |
16 – Às vezes, até mesmo os próprios sábios ficam perplexos a respeito do que é a ação e o que é a inação. Dir-te-ei o que é a ação e entendendo-me te libertarás do Mal.
Porque 'até mesmo os próprios sábios ficam perplexos a respeito do que é a ação e o que é a inação'? Porque a diferença é muito sutil: toda ação é uma animação com intenção e a inação é uma ação sem intenção.
Participante: como fica a questão da ação se a gente não age?
Voltemos ao que você falou antes: bateram na sua porta?
Participante: sim
Se você tiver apenas a consciência de que bateram na sua porta, teve amor. Se descobrir que isso aconteceu porque a sua casa é bonita ou porque o muro é baixo, vivenciou um sentimento diferente do amor. Bater a porta é ação; bater porque, como, quando ou onde é uma intenção que você criou ao vivenciar o acontecimento. Toda vez que quiser descobrir porque algo aconteceu estará gerando uma intenção.
Diga-me, porque você foi lá dentro agora?
Participante: porque eu tive a intenção de fazer chá.
Não, não foi por isso. Você foi porque foi, mas pôs a intenção de que foi porque queria fazer chá. Na verdade, você não foi: Deus lhe levou.
Participante: E o pensamento de fazer o chá?
Foi-lhe dado por Deus justamente para você decidir se foi lá dentro por causa disso ou se tem a consciência de que foi porque Deus te levou.
É o que estamos falando neste momento: até o sábio fica perplexo. Mas, por que a perplexidade? Porque a intencionalidade é inconsciente e a ação de Deus não. Você diz que foi lá dentro porque teve uma determinada intenção. Tem certeza disso; tem certeza de que primeiro teve a intenção e depois foi. Nesse momento se esqueceu de Deus, porque você não poderia sair de onde estava sem que Deus fizesse isso acontecer.
Participante: Então qual deve ser o raciocínio?
Mediante a vontade de fazer chá diga: se fizer fiz, se não fizer, não fiz. Se for fui, se não for, não fui.
Participante: Qual a diferença entre intencionalidade e desejo?
Intenção é dizer 'eu estou com vontade de fumar'. Já o desejo age como um condicionamento à felicidade: 'eu preciso fumar para estar feliz'.