Senhor da Yoga - Cap. 6 - Caminho da meditação

Versículo 10

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Senhor da yoga - versículo 10

10. Com seu corpo e mente dominados, livre de desejos e de posses e vivendo só, retirando de todos, o yogue deve praticar assiduamente a concentração mental.

Krishna diz que o iogue na meditação deve praticar a concentração mental, mas concentrar-se no que? Numa concentração simplificadora, ou seja, deve meditar concentrando-se em simplificar o seu raciocínio.

Por exemplo, durante uma meditação um ser humanizado pode encontrar um pensamento que afirme que ele não goste de determinada pessoa. Meditando sobre ele não deve esmiuçar as causas e origens deste não gostar, mas apenas constatar que esta é a disposição emocional que tem com relação a ela.

De nada adianta querer compreender os motivos do não gostar, pois mesmo que consiga derrubar estes argumentos, o ego novamente criará outros em surdina. O meditador que age assim é como o jardineiro que apenas retira dos galhos do tronco e diz que acabou com a árvore. A raiz continuará a remeter a seiva e novos galhos se formarão. É preciso tirar o tronco de dentro da terra para acabar com a planta. No caso do buscador da elevação espiritual esta retirada acontece quando não mais se nutre a árvore, ou seja, a opinião que se tem pelos outros. Apenas constatando o que sente, o ser humanizado deixa de nutrir a opinião que o ego cria.

Outro aspecto para quem busca simplificar seu pensamento: não mudá-lo. Muitos meditam e encontram a informação que nos serviu de exemplo. Quando isso acontece querem decidir se devem ou não gostar dela. Isso complica a vida. Quem descomplica o seu pensamento é aquele que apenas o constata e não aquele que age sobre ele.