Realidade

O espírito e a vida humana

Então, o espírito ciente de toda cultura universal recebe uma primeira tarefa de Deus, seja de que tipo for. Ao executá-la com pureza e simplicidade (não discernindo entre o que é bom ou mal, mas vivenciando a tudo dentro da felicidade incondicional) gera o merecimento de permanecer entre aqueles que vivem a simplicidade que são.

A prova acontece durante os acontecimentos da vida carnal. O espírito participa de uma primeira encarnação (vivencia aconteci-mentos materiais) para provar a sua simplicidade. Neste momento ele falha, ou seja, busca para si o poder de julgar (quer determinar o que está acontecendo) e por isto não serve ao próximo.

Ao macular-se neste primeiro momento, gera o merecimento de ter que cumprir expiações. Expiar é repor ao universo o desequi-líbrio que o espírito causa quando não age com simplicidade. O ser quando não usa de simplicidade, de amor universal, causa um de-sequilíbrio no universo e, pela lei do carma, precisa repor o equilí-brio.

Nestes dois paradigmas (provação e expiação) se fundamen-ta o ciclo de encarnações que vivem os seres humanizados. Estes são os objetivo das encarnações hoje no planeta.

Todo ser humano é, independente da cor e forma do corpo, raça, pátria, sexo, condição social ou cultural, um espírito puro, simples e não ignorante que ainda não conseguiu provar a Deus que é capaz de conviver com simplicidade com a cultura que adqui-riu durante a sua primeira etapa de existência e por isso está expi-ando e fazendo provas na vida carnal.

Por maior que seja a posição que um ser humano ocupe, por mais bens ou fama que tenha, ele é um espírito que em determinado momento deixou a sua simplicidade e se maculou exercendo o fal-so poder de dar valores (bem ou mal) a um acontecimento da vida carnal.

Isto é a humanidade, isto é a Realidade do ser humanizado. O ser humano como entendido pela humanidade é maya, ilusão. Co-mo dissemos, a compreensão que a humanidade tem de si não é verdadeira.

Na Realidade o ser humano é um espírito encarnado simples e puro na sua essência, repleto da sabedoria universal, e que agora precisa limpar-se, tirar as máculas oriundas da utilização do falso poder para julgar os acontecimentos (dualismo) que recobre tempo-rariamente a sua simplicidade.

Isto é, por definição, o ser humano, mas é também a realida-de do espírito que, mesmo fora da carne, ainda encontra-se em processo de evolução no Mundo de Provas e Expiações (planeta Terra). A humanidade de um ser não se decreta pela densidade de seu corpo, mas por encontrar-se maculado pelo poder de julgar os acontecimentos.

Ou seja, todos os espíritos ligados a orbe terrestre em pro-cesso de evolução são seres universais simples e puros repletos de cultura que estão sujos, maculados pelo que ficou conhecido no planeta Terra como pecado original.

Pergunta: qual o objetivo final da evolução?

Limpar-se e gerar o merecimento de estar próximo ao Pai provando a sua simplicidade. Tirar todas as manchas que adquiriu desde o início da provação: este é o objetivo final da evolução. Mas, isso durará ainda muitos milhares de anos.