VOLUME 03

Eu e Deus somos um

1. Constância espiritual

• É preciso constantemente estar vivendo como um Espírito que tem experiências materiais, e não viver em alguns momentos essas experiências. CRISTO DISSE: “AQUELE QUE ESTÁ PROCURANDO, QUE NÃO PARE DE PROCURAR”, ou seja, que seja constante na sua busca da união com DEUS, de ser um ser espiritual; se não tiver esta constância, não há realização.

• Para estar comungado com DEUS, você não precisa se “matar”, humanamente falando, abandonar família, emprego, nada, eu falo, sentimentalmente; sentimentalmente, para se unir a DEUS, você precisa abandonar toda “carga emotiva” humana a qual está preso.

• O que é ser um “constante espiritual”? É passar a ter, no sentimento, a compreensão espiritual da vida. É não submeter a sua espiritualidade aos conceitos humanos. Se você não nasceu, quem é seu pai, sua mãe, seus irmãos? O constante espiritual compreende que ele tem um pai, DEUS, e tem milhares de irmãos, que é toda coletividade espiritual no Universo. “Orai e Vigiai”, é estar “eternamente vigilante”, pra não se deixar levar pelas emoções humanas geradas pelo ego.

• Você deixar seu coração vibrar na ansiedade do que tem que fazer amanhã, é uma “invigilância”, porque “se você está com DEUS, quem pode ser contra você”. É você sentir medo de outra pessoa, medo de perder, de ser assaltado, de lhe fazerem o mal, é uma “invigilância”, é ser, humano. O humano vive o futuro como se fosse uma incógnita, o Espírito vive o futuro como fruto da sua comunhão com DEUS. Medo do carro bater, medo de morrer, no coração, não na razão. Todas essas emoções que são lógicas racionais ou emotivas do ser humano, quando aceita no coração pelo Espírito, são “provas de invigilância”.

• O ego sempre quer fazer alguma coisa, o problema é que ele não pode fazer nada; o ego é, simplesmente, o instrumento de DEUS, quem faz é DEUS, aliais, “ele nem existe”, ele é somente um sistema do qual DEUS se utiliza para “gerar realidades ilusórias”.

• Tem que ser constante espiritual 24 horas, e trabalhar isso 24 horas; estar sempre zeloso.

• O personagem está amando a mulher, preocupado com o trabalho, dirigindo o carro, no banheiro fazendo cocô, com dor de barriga ou prisão, e você, “está com o coração apático”.

• KRISHNA DISSE: “TUDO QUE LHE VEM À MENTE É ILUSÃO”.

• Dar graças a DEUS, é agradecer a DEUS; não; é “louvar o nome de DEUS”; são coisas diferentes; agradecer, é você estar em uma posição de inferioridade; “louvar” é você reconhecer, apesar da igualdade, a ascensão moral do outro.

2. Relativismo e absolutismo

• Tudo que você é, acredita e faz, é relativo, ou seja, vai passar, acabar, perder o significado; esse é o grande trunfo que você tem para unir-se a DEUS.

• O absoluto é vedado ao ego humano; tudo que vem do ego é relativo, então, não se comprometa com isso; tudo que vem do ego são verdades que vão durar por algum tempo, e depois, se transformarão, e que só valem para você.

3. Deus

• Quem é DEUS? DEUS é uma “ideia” que você tem. DEUS é uma “ideia humana”. No Universo não existe um DEUS. DEUS não é absoluto, DEUS é relativo, porque DEUS só existe na mente humana como uma “ideia”, ou seja, DEUS não existe (a palavra DEUS, a ideia DEUS que você tem). A “sua ideia” sobre DEUS, não é DEUS, é o “seu” DEUS.

• Pra se unir a DEUS, é preciso entender que o DEUS que você tem, é uma “ideia” sobre DEUS. Pra que? Para que você se liberte dessa ideia, senão você fica preso ao relativo, achando que chegou ao absoluto.

• A única forma que você tem de saber DEUS, é através do raciocínio, e todo raciocínio que você tem, é uma “verdade relativa”, portanto, “o seu DEUS não existe”.

• Esqueçam palavras, palavras são simplesmente expressões gráficas de conceitos, e se você não quer se prender a conceitos, você não deve, então, se prender a nome (ex. DEUS); então, saiba que existe, sim, algo que é absoluto, mas não chame esse absoluto de DEUS.

• A palavra DEUS tem uma carga conceitual que vai interferir na realidade.

• O que DEUS representa no Universo? “DEUS é tudo”, porque ELE é absoluto, e o absoluto congrega tudo que existe, inclusive os relativos, sem, por isso, torná-los absolutos.

• Não queiram dizer que alguma coisa é DEUS, mas saibam que “DEUS é tudo”.

• Ninguém faz nada, a coisa se faz; é o “FAÇA-SE” de DEUS. Cria-se uma ideia relativa de se estar fazendo alguma coisa, ou seja, é uma “ilusão”, nada foi criado, não há uma ação de criar nem fazer, o criar é a ideia de fazer. Não existe um DEUS que coloca a mão pra fazer seus braços cruzarem, os braços se cruzam, é o “FAÇA-SE” de DEUS, então, você não cruza os braços nem os braços se cruzam, DEUS disse “os braços estarão cruzados”, e os braços se cruzam, e aparece a figura do braço cruzado. Você não sai de um lugar e vai a outro, DEUS diz “FAÇA-SE” o caminhar, e o caminhar se faz, ninguém caminha. Você não constrói uma casa, DEUS diz “FAÇA-SE” a casa, e a casa se faz, ninguém constrói.

• No Universo nada se cria, porque o Universo é absoluto, e se for absoluto, tudo tem que existir sempre. O que se cria é uma “ideia relativa de estar fazendo alguma coisa”, e essa ideia, por ser relativa, “não existe, uma ilusão”. Então, você está me ouvindo? Não. DEUS disse “FAÇA-SE” a consciência de ouvir, e a consciência de ouvir, ou seja, a “ideia relativa” de estar ouvindo, surge, mas como a ideia é relativa, ela “não existe”, então, “nada foi criado”.

• “Tudo” é uma “ideia” que você tem. “Tudo” é uma “criação relativa do absoluto”, mas não há a ação de criar nem de fazer. O criar é a ideia de fazer. O Espírito recebe de acordo com o que faz, mas se não há a fazer, então, ele recebe de acordo com as ideias relativas que ele vive, da forma como ele vive as ideias relativas, se é no absoluto ou se preso na relatividade.

• Toda a ideia de ação tem um conteúdo, um agente criador e um agente receptor, mesmo quando você está sozinho, você é o agente criador, e também, o receptor, mas toda essa criação é uma ilusão, e você precisa entender isso para não ficar dando a criadores, criações, e nem fazendo receptores, como receptores de criações. Ninguém atira, por isso, não há bala perdida; a “ideia” de uma bala perdida, é uma relatividade criada pelo absoluto, que disse “FAÇA-SE” a “ideia” da criança recebendo, e a “ideia” se fez, ou seja, uma “verdade relativa”.

• Todo o Universo é só uma “ideia”, porque o absoluto não há como ser compreendido nem separado.

• Em toda sua caminhada espiritual, você não terá nada mais a fazer, a não ser “eliminar relativismos” para chegar ao absolutismo; isso chama-se “MONISMO”.

• A gente acha que Espírito é uma coisa e ego é outra; não; o Espírito, enquanto ligado ao ego, é o ego, então, você é aquilo que o ego é.

• A única coisa que você precisa ter em mente, é que tudo é absoluto, e tudo que é absoluto, é visto por você de uma forma relativa.

4. Espírito

• Quando alguém diz que está “certo”, cometeu uma imoralidade Universal. Quando alguém quer “ganhar” alguma coisa ou quando você diz que o outro “não devia fazer o que fez”, você está cometendo um ato imoral.

• “MORAL UNIVERSAL” é “AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS E O PRÓXIMO COMO A SI MESMO”. Se seu amor está nas coisas materiais, você é um “amoral espiritual”.

• Existe o “BEM UNIVERSAL”, absoluto, não o bom, que é aquilo que você gosta, e o “MAL UNIVERSAL”, o absoluto, que é “amar a si acima de DEUS e dos outros”, é o “egoísmo”; isso é ao nível de vocês, porque a cada etapa da Evolução Espiritual, você precisa vencer um inimigo, e aí, muda o “mal” que você precisa vencer, agora, esse “mal” é relativo, porque só existe na consciência humana, e tudo que é humano é relativo, então, ele existe, mas não existe. Esse “mal” é o contrário de “bem”, não de “bom”, porque esse bom, não existe, ele é relativo.

• O Espírito é um “brilho”, que é o princípio inteligente, e que tem como propriedade, a inteligência, que não é você.

• O Perispírito não é o corpo do Espírito, mas um dos corpos que o Espírito usa transitoriamente, enquanto não consegue viver sem corpo. Perispírito é uma “ilusão”, é uma criação do ego, de um dos níveis de consciência, assim como o corpo humano é criação das percepções do sétimo nível de consciência, o períspirito é de outros níveis; é só uma referência.

• Não ter intencionalidade é impossível, a intencionalidade surge do ego, é DEUS que faz, então, você vai ter sempre. Se você não tivesse, não teria prova, por isso, KRISHNA DISSE QUE “DEVE-SE SACRIFICAR AS INTENÇÕES A DEUS”, “eu gostaria, agora, de estar em outro lugar, mas não estou, DEUS me pôs aqui, então, “Louvado seja DEUS””.

• As propriedades do Espírito são: ETERNO, IMATERIAL, PRESENTE, CIENTE E POTENTE, IMUTÁVEL E POSSUI AMOR E JUSTIÇA.

• Se iluminar, não é saber, é dizer: “MEU PAI FEZ”, “MEU PAI SABE”, “MEU PAI AGE”.

• O conhecimento material “não existe”, é algo que DEUS põe na sua cabeça, ou seja, é uma “ideia” que DEUS lhe dá. DEUS diz que as coisas são assim e você acredita que são, só isso.

• Tudo que é relativo existe no absoluto, mas o relativo é uma “ideia relativa” sobre o absoluto.

• É preciso ter “CARA DE BOBO” (OS TRÊS MACAQUINHOS DE BUDA): NADA SEI, NADA SOU, NADA OUÇO, NADA VEJO, NADA FALO; DIGO, MAS NÃO FALO; PERCEBO, MAS NÃO VEJO; ESCUTO, MAS NÃO OUÇO.

• VIDA DO ESPÍRITO

• Na primeira etapa, o Espírito nasce simples e ignorante, e vai, então, conhecer “tecnicamente” como o Universo vive (matéria Universal, DEUS e sua ação). Esse período é chamado de “EVOLUÇÃO CULTURAL” da realidade do Universo. Daí, ele passa à segunda etapa, que é o “AVANÇO MORAL”, ou seja, como ele vai trabalhar as informações que ele recebeu (trabalhar dentro de si, na personalidade); é a prova inicial, a do “egoísmo”, do “individualismo”, no mundo de nascimento e morte.

• Tudo que existe no mundo material, existe no mundo espiritual, porque o mundo material é uma “miragem”, ou seja, “algo que se vê onde há outra coisa”. Esse algo que se vê, é determinado pelos seus “conceitos” que dão “valores” às coisas, e não as coisas. Então, por exemplo, casamento, existe no mundo espiritual, não o que você conhece como casamento, mas existe alguma coisa que pode ser chamado de casamento. Libertar-se da materialização, é viver tudo que existe no mundo material, de uma forma absoluta, e não pelas realidades relativas com as quais se conhecem essas coisas.

• O processo de reencarnação é a vivência por múltiplas personalidades, e esse processo, possui diversos níveis de consciência. Começa a se encarnar ou viver com uma consciência que é chamada de “humana”, mas, na verdade, é uma consciência que tem como característica o “egoísmo”, ou seja, “o querer ser melhor do que DEUS, o querer saber mais do que DEUS”. Esse processo, não altera o Espírito, porque essas personalidades não são reais, são “ideias” criadas por DEUS na mente (consciência) primária do Espírito; então, o Espírito tem uma bagagem cultural espiritual e submete-se a essa bagagem à provação da sua forma de lidar com ela, a partir da vivência de ideias, e quando tem uma ideia que precisa incitá-lo ao contrário do que ele precisa provar, ou seja, no caso da consciência humana a incitá-lo a achar-se melhor do que DEUS, saber mais do que o PAI, ele precisa, então, comprovar que sabe lidar com essa ideia, sem deixar alterar o seu estado de Espírito.

• “NÃO QUEIRA FAZER NADA, NÃO QUEIRA AJUDAR NINGUÉM, NÃO QUEIRA REALIZAR NADA. ASSISTA A VIDA, O MUNDO”. O ego está dizendo que aquela pessoa está precisando de ajuda, ele está, mas “NÃO SEI” se está.

• Se você “acredita” em alguma coisa, você “participou” daquilo (se você acredita que assiste a vida, já não está assistindo). O ego vai criar a “ideia” de que você assiste a vida, muito ou pouco, e você, ao vivenciar isso como “real”, acha que assiste; não está assistindo, mas está vivendo. “Assistir a vida” é não saber se está assistindo ou não está. Duvide de tudo que o ego cria, o mundo material; você nasceu pra isso, “duvidar”, não na razão, mas no “coração”.

• Quanto mais você ouve, estuda, quer, mais as coisas vão recebendo do ego o valor de realidade, de que agora, alcançou.

5. Erraticidade

• No Universo “UNO, ÚNICO E ESTÁVEL”, não pode haver uma multiplicidade de sentimentos, só há um, o “AMOR”. Há multiplicidade de ilusões, que por serem relativas, não são reais (frustração, ansiedade, e todas as outras emoções humanas).

• Não existem lugares, portanto, não existem cidades espirituais ou umbral. No Universo não existem lugares circunspectos, fechados, específicos. O umbral e as cidades espirituais são uma “ilusão coletiva de Espíritos afins”, são “ilusões plasmadas”. O que é plasmar alguma coisa? É dar a “ideia ou imaginação de existir”; é uma “ideia” que é colocada no seu ego.

• Não queira “saber”, ou seja, não queira empenhar o seu coração em “acreditar” que você pode “saber”.

• O estudo preparatório para uma encarnação, é um Espírito observando o outro que está encarnado, em suas situações negativas (posses, emoções, etc.). Não há escolas com professores, ensinando ao Espírito o que deve fazer.

• Não existe um anjo da guarda que está ligado a você eternamente pra te proteger. Não existe afinidade específica entre um Espírito trabalhador e um encarnado; o Espírito vem, faz você ir pra rua que tinha que ir, “cria a ilusão” de você estar andando na rua que tinha que andar, “cria a ilusão” de encontrar, acabou a missão dele e ele vai embora; pode ser que nesta encarnação ele nunca mais volte a lhe atender.

• Não existe almas gêmeas, ou seja, um Espírito que ame um mais do que o outro; o Espírito ama a todos os Espíritos em igualdade (“amar o próximo (todos) como a si mesmo”).

• Os Espíritos mais adiantados, não se preocupam com o que está acontecendo com os outros que ficaram, mas lamentam deles não aproveitarem a sua provação, a sua oportunidade de Elevação Espiritual, sofrendo. Só aqueles que não se elevaram, ou seja, que estão presos a egos, sofrem por aqueles que ficaram na Terra.

• O amor de filho, pai, mãe, é “individualista”, ou seja, “um pelo outro”. Para se ter um amor Universalista, você deve extrapolar o amor individualista.

• Não existe Espírito capaz de fazer “mal” a ninguém, DEUS pode criar a ilusão para você de estar recebendo, e para o outro, de estar fazendo, como prova para os dois Espíritos, agora, se você “amar a DEUS acima de todas as coisas e o próximo como a si mesmo”, nada pode lhe alcançar.

• A cidade espiritual e tudo nela, existe, para egos que criam a ideia de existir e estar morando numa cidade.

• No “UNIVERSO REAL” (primeira consciência), não há nada que exista aqui (segunda a sétima consciência).

6. Ser humano e vida humana

• O ser humano é a encarnação de um Espírito. A vida que vocês vivem é uma encarnação de um Espírito.

• Você não nasce, começa uma encarnação de um Espírito. Ver, andar, escutar, etc., são elementos de uma encarnação de um Espírito.

• O “SER HUMANO” é a junção de: “MENTE + CORPO + UMA HISTÓRIA PRA SER VIVIDA”.

• A “MENTE” (ego, personalidade) é composta de: “FORMAÇÕES MENTAIS (pensamentos) + SENSAÇÕES (emoções)”.

• As PERCEPÇÕES estão também na mente, mas não são individuais, são coletivas (todos que olharem para uma parede vão ver uma parede, então, ela não caracteriza um ser humano); a sua forma de pensar e sentir com relação à parede, é o que caracteriza um ser humano, não ver o sujo e o não gostar do sujo que está na parede.

• A HISTÓRIA são acontecimentos vivenciados com uma “formação mental” e uma “sensação”.

• O Espírito não escolhe “história, papel ou ser humano” para viver, o Espírito escolhe “gênero de provas”, e a partir do gênero de provas, DEUS manda um ser humano. Então, ninguém escolhe ser mestre ou ser bandido, DEUS cria a história e o Espírito vive a história pré-criada por DEUS.

• “Nenhum ser humano fala nada, recita o que o outro pediu para ouvir”. Quando você fala com alguém, na verdade, o que está acontecendo, é uma história interagindo com a outra, e quando uma história interage com a outra, tudo que você faz, tem a ver com o carma ou com a encarnação daquele outro Espírito, e tudo que ele faz pra você, a mesma coisa.

7. Características da vida material

• RELATIVIDADE: A vida humana é totalmente relativa, tudo que existe nela é “relativo”, ou seja, só serve e existe para você e por um determinado tempo; não existe nada “absoluto”, ou seja, que seja “igual pra todos e eterno”.

• IMPERMANÊNCIA DAS COISAS: Se tudo na vida é relativo, tudo na vida é “impermanente”, ou seja, “modifica-se constantemente”. O ego trata tudo como absoluto e eterno, e você “acredita” que vai ter prazer ou sofrer a vida inteira.

• O mundo que você vive é um “mundo de plasma”, igual às cidades espirituais. Esse plasma não é externo, ou seja, ninguém constrói uma casa de plasma fora de você. Plasmar alguma coisa, é dar a “ideia” de estar percebendo algo, dar a alguém uma “consciência” (imagem), então, ninguém plasma uma casa, externa, DEUS plasma através do seu ego a “ilusão” de você estar vendo a casa.

• INTERDEPENDÊNCIA DAS COISAS: Pela “interdependência” das coisas, pra você ganhar, alguém tem que perder, pra você estar bem, alguém tem que estar mal, não há pendência para um lado, há o equilíbrio; no momento em que você tiver mal, lembre-se de que alguém está bem, você está vivendo a “impermanência”, a vicissitude negativa naquele momento, mas essa vivência negativa é, simplesmente, uma “ilusão”, é algo relativo, é algo que você não precisa sofrer, se desesperar.

• NÃO-EU: Quer dizer que você não existe como um “eu” individual, isolado do todo, mas que você é um “eu” individual, formado pelo todo que existe, ou seja, significa que tudo que existe em você, não é seu, e que você não é você, mas o “somatório de tudo”. O ego de uma pessoa está no ego de outra, ou seja, compõe o ego dele. Você é formado pelos outros.

• AMOR SUBLIME: A vida carnal é um ato de amor a DEUS, é a expressão máxima do amor de DEUS por seu filho, é a oportunidade que ele dá aos seus filhos de evoluírem. A vida carnal é “amor em ação”, uma justiça amorosa, não uma justiça punitiva. DEUS não é um juiz, mas um PAI justo com amor.

• DEUS, CAUSA PRIMÁRIA DE TODAS AS COISAS: Tudo veio de DEUS, tudo surgiu de DEUS, porque só ELE é o Absoluto, e só o Absoluto existe, e só o Absoluto pode gerar, e tudo que ELE gera, tem a característica de ser relativo, pra você, de ser impermanente, de estar sempre relacionada a dois ou mais, de formar do todo, um só, dando justiça com amor.

8. Maya

• É a “aparência” que as coisas têm para o Espírito, enquanto ele está encarnado. Ele existe como relativo no absoluto, mas é uma “ilusão”, porque não é a forma real que existe.

• O MAYA ou APARÊNCIA DAS COISAS, são criadas a partir de conceitos pré-determinados, que estão presentes na vida do Espírito encarnado, ou seja, na história da encarnação; então, MAYA não é só a forma, mas o “conceito completo que se tem sobre uma aparência”, gerada pelo ego, a partir do Fluido Cósmico Universal. Isso é a base do ensinamento de KRISHNA, onde ele diz que “TUDO É ILUSÃO”, tudo é um “conceito” que age, gerando uma realidade na vida humana (encarnação do Espírito), compreensão essa que está ligada ao gênero de prova pedido pelo Espírito, para assim criar a oportunidade do Espírito fazer a sua livre opção: “amar Universalmente ou não”.

• Você não pode pensar nada diferente sobre nada, porque as aparências que você precisa viver, são aquelas que são necessárias ao Espírito, então, quem “não gosta” de alguma coisa, não tem que “gostar”, porque o “não gostar” de alguma coisa, faz parte da “aparência” que o Espírito precisa para as suas provas. Quem “acha” alguma coisa “arrumado” ou “desarrumado”, não tem que se mudar, porque esse “achar” ou “aparência”, está ligado ao “gênero de prova” do Espírito.

• Não é o ser humano que memoriza as coisas, mas a memória é um banco de dados à disposição de DEUS para criar o “maya, a aparência, a ideia, a figura holográfica”.

• As ideias que vem à mente, são geradas por DEUS através do ego. São elas que criam a “história” da encarnação do Espírito, então, quem está vivendo a história como Real, é o Espírito, não você. Você, humano, “não vive, você é a vida”, você, humano, “não age, você é a ação”, você “não é a encarnação do Espírito”, você é “os elementos da encarnação”, então, tudo que você “acha” que está vivendo, quem está vivendo é o Espírito, porque você é o “ato” dele está vivendo, você “não existe como individualidade, a individualidade é o Espírito”, não o ser humano, o ser humano é, simplesmente, “uma história que o Espírito vivencia”.

• Ninguém faz nada no Universo, DEUS gera as coisas que você percebe (humano ou Espírito), e o Espírito, ama. Ninguém conserta cadeira, faz, arruma cadeira, porque no Universo não há cadeira, há sim, “aparências, maya”, que dizem que alguma coisa é uma cadeira. O Espírito só pode escolher, frente às “aparências” que ele está vivendo, “amar Universalmente ou não”, e não consertar, melhorar, limpar a cadeira.

• Você, humano, “não é um ser vivente, é uma aparência que o Espírito está vivenciando”, então, quem está vivendo a dor, a desilusão, etc., é o Espírito, e não você, porque “você não existe”.

• Vocês não vivem um mundo de aparências, vocês “são as aparências” que o Espírito está vivendo. O ser humano não anda, ele é o andar que o Espírito vive. O ser humano não fala, ele é o falar que o Espírito vive. Você não come, bebe, etc., você “é a ação” que o Espirito vive como prova, como uma oportunidade para optar entre “amar Universalmente ou não”.

• O Espírito não deve julgar, ou melhor, o Espírito não deve aceitar a “aparência de estar julgando”. É libertar-se daquilo que o ego cria.

• Você, humano, não pensa, “é o pensamento”, por isso, DEUS está dando o pensamento direto ao Espírito.

• A intenção é uma “aparência”, por isso, KRISHNA disse para o Espírito: “AJA SEM INTENÇÃO”, ou seja, liberte-se da intenção que o ser humano, que você está vivendo, aparenta ter.

• “Assista” a sua vida. Não queira se mudar, por em prática o que eu falo, etc., porque você não vai fazer. Se essa não for a ação do Espírito que está vivendo a aparência que é você, você não vai viver.

• “Ninguém muda ninguém, porque ninguém se muda, a mudança é feita por DEUS”.

• Você, humano, não faz, a ação que você “acha” que você faz, é o que DEUS fizer, por isso, não existe devo ou não devo fazer, “tudo é o que DEUS fizer”, e tudo que DEUS faz é perfeito, então, você não tem que fazer nada.

• Quando o Espírito deixar de desejar, ou melhor, deixar de se “prender aos desejos” que as aparências dizem que está sendo desejado, aí, ele se aproxima de DEUS.

• Você pensa que mudou o pensamento sobre alguma coisa, mas você não mudou, “DEUS mudou”, você nem viu, e acredita que nunca teve outro.

9. Gunas

• Tudo que se relaciona ao humano é uma “aparência”, uma aparência de alguma coisa que está acontecendo na realidade.

• O Espírito não “gosta” ou “desgosta” de alguém, ele recebe a “aparência” de “desgostar” ou “gostar” de alguém, para exercer a sua provação.

• GUNAS SENSORIAIS: São características específicas do pensamento, da mente humana. São três:

• RAZA: É aquele que dá “característica de ação ao pensamento”; então, o conceito cria a ideia de que tal coisa é bonita e o GUNA RAZA cria a ideia de (a vontade de) agir para ter tal coisa, então, aí, se forma por completo a aparência da vida, ou seja, a aparência da encarnação do Espírito: uma parte do pensamento, construindo verdades e realidades, e outra parte, impulsionando, no sentido de agir.

• TAMAS: Impulsiona no sentido de se “omitir, não agir”, então, a verdade diz que você “não gosta” de tal coisa, e o GUNA TAMAS, coloca a “ideia” de não querer tal coisa, de omitir-se frente a tal situação; não é o ser humano ou o Espírito que se omite: o desejo é fruto da ação dos gunas.

• O ser humano é a “história” que o livro narra; não é a letra nem o papel onde a história está impressa no livro, ou seja, é simples “aparência”, então, ele não age nem tem vontade de agir.

• SATIVA: Age na razão humana, “criando critérios de bondade”.

• O reflexo da realidade que o Espírito vive, é formado a partir dos conceitos que estão na memória e que passam pela ação dos três GUNAS, classificando o que é bom e o que não é, e levando a querer agir ou querer omitir-se. É isso que você chama de minha vida. Quando você “não gosta” de uma coisa, na verdade, não existe um ser humano não gostando, nem existe um ser humano querendo ou não querendo estar em contato, o que existe, na verdade, é um “mundo de aparências”, sendo criado (aparências de não gostar, de querer estar em contato ou não) através dos “conceitos” e dos “GUNAS”, e tudo isso, para que o Espírito possa viver o seu “gênero de provas” pedido, porque toda a ação dos “conceitos” e dos “GUNAS”, estão amarrados ao “gênero de provas” pedido pelo Espírito antes da encarnação.

• A prova do Espírito é sempre “amar”, e “o amar, está na indiferença àquilo que a aparência constrói”. Quando você, Espírito, não está indiferente à aparência construída, ele está preso ao egoísmo. Quando o Espírito está “liberto”, tem a “consciência” de que aquilo é só uma “aparência”; está “amando”.

10. Amar

• O “mundo interno” é o raciocínio, as emoções, etc.. Quem se irrita em determinada situação é o ego, e o Espírito ao ver a imagem projetada de um ego irritado, pode se irritar também ou não; aí, entra o “livre-arbítrio” do Espírito.

• “AMAR” é ser “BENEVOLENTE, INDULGENTE E PERDOAR” (BIP do Espírito) o seu ego, ou seja, as intenções presentes nas ações do ego.

• Todas as pessoas que você conhece, não existem no mundo exterior, só dentro do seu ego. Tudo que você vive pela razão, todas as pessoas que você conhece, todos os elementos do mundo que você conhece, não são compartilhados com ninguém, são “criações do seu ego”. O seu ego não está se relacionando com o ego que seria a sua mãe, porque o ego só se relaciona com ele mesmo, então, o ego cria a “ideia” de ter uma mãe e faz o relacionamento, você, humano, e sua mãe, que está “dentro” de você. Os outros Espíritos não estão na sua aparência, não estão no seu espelho, eles estão vivendo os espelhos deles. Cada um vive um espelho, e no seu espelho, tem uma “aparência” que você chama de mãe, que pode, por um acaso, estar aparente em outro espelho, mas não há união, porque aquela “aparência” que está no outro espelho, não é a mesma mãe que o seu ego criou, pode até ter a mesma forma, mas não é a mesma mãe, a mesma pessoa. Sua mãe é uma pessoa e a pessoa que é a sua mãe, é outra pessoa, então, você é um Espírito deitado em uma maca e todos que pertencem ao seu ego, que convivem com seu ego, mas são criações do próprio ego, estão ali junto com você, na sua mente espiritual, na sua “televisão”, na sua “tela de cinema”, é um “filme” para cada um. Sua mãe é um personagem que faz parte do seu ego, e a pessoa que é a sua mãe, é outro personagem, porque a “ideia” que você tem sobre ela, não é a mesma que ela tem sobre ela, então, cada Espírito está sentado em uma “cabina”, e todas as pessoas que se relacionam com aquele Espírito, estão sendo projetadas só para aquele Espírito; então, não há ninguém pra você ajudar, nem você, humano, nem o Espírito, porque quando você ajuda alguém na humanidade, é o ego ajudando a ele mesmo, e quando o Espírito quer ajudar a outro Espírito, ele não pode, porque ele está preso só olhando o seu reflexo. Você quer amar a sua esposa? Ela nem existe.

• O Espírito já é Universal. A ausência de egoísmo se caracteriza, justamente, por você deixar de pensar em você. Pra você deixar de pensar em você, você precisa se concentrar em você. O Espírito só volta a ter a “Consciência Universal”, quando ele se preocupa consigo mesmo para destruir a si mesmo. O Espírito que está ligado a um ego, ele “acha” que é o ego, e quando ele se desliga desse ego, repara que já é Universal, mas pra ele se desligar do ego, ele precisa olhar só pro seu ego.

• Você e tudo que o cerca, inclusive, pessoas, são “figuras holográficas específicas” para um Espírito.

• Existe um ego Pai Joaquim, mas esse ego Pai Joaquim não é o que está no seu ego, ou seja, eu não estou dentro de você. Na verdade, existe no seu ego, a criação da existência de um ego Pai Joaquim, então, você não está se relacionando com eu, o seu ego, o ego que o Espírito está vendo, está se relacionando com ele mesmo, numa figura que esse ego criou chamada Pai Joaquim; não tem nada a ver com eu nem com esse ego.

• Ego é, simplesmente, “consciência”, humana ou não; é o “raciocínio” do Espírito, em que nível que ele raciocinar; é o “criador de realidades” que o Espírito está vivendo.

• Quando acabar essa encarnação, o Espírito vai se desligar desse ego; o “filme” acaba, o Espírito vai pra casa, pra voltar amanhã e assistir outro “filme”.

• Você é “único” e tudo que está fora de você, pertence a você, está dentro de você e só existe dentro de você, e é por isso, que o Espírito não pode ser benevolente com outros seres humanos, ele estará sendo benevolente com o ego, porque os outros seres humanos estão no ego.

• Tudo que qualquer pessoa disser, “a pessoa não disse, foi o seu ego que criou”, então, você, ego, criou dentro da história do Espírito, que está lhe assistindo, a “ideia” de ter dito alguma coisa.

• O Espírito só vive um sentimento: AMAR; não existe raiva, ódio, tristeza, angústia, tudo que existe no “mundo das aparências”, são “provas” para o Espírito.

• Se o Espírito “possui as aparências”, ele possui no sentido Real, de verdadeiro, e aí, ele vive a aparência como se fosse Real; agora, o Espírito que se “liberta”, que consegue “amar a aparência dentro das três características (BIP)”, as aparências não têm sentido nenhum pra ele, a não ser algo a qual ele deve amar.

• Tudo que tiver no ego, é projeção pro Espírito assistir.

• O Espírito está no Universo, parado; o Espírito não se movimenta, o Espírito pulsa; o Espírito não vai a lugar nenhum e não vai com ninguém, porque o Espírito não anda em pares ou em grupos, o Espírito está no Universo comungando com o Universo Espiritual, com o todo, mas não tem a consciência disso.

• O Espírito deve amar o ego, o ego não pode amar o ego, porque se o ego amar o ego, será uma ação do próprio ego, ou seja, será apenas uma aparência, o ego criando a ideia de estar amando o ego; o Espírito pode, mas começa a separar, você não é o Espírito.

• Você não reza, o ego não ora, o ego cria a ideia de estar rezando, não está rezando pra ninguém, e o Espírito está assistindo isso e pode amar ou não. “Tudo” que for ego é só “ideia”, quando o ego reza a DEUS, é DEUS que está fazendo o ego rezar a DEUS; o ego rezar é uma “ilusão”.

• O ego não pode saber de nada, tudo que ele souber é uma prova para o Espírito e não uma verdade.

• Você não está vendo ninguém caído na rua, todas as pessoas que convivem com você, são suas criações; você está achando que está vendo, tendo a ideia, lançando ao Espírito a ideia de estar uma pessoa caída na rua, só que o pensamento não é só uma linha reta, ele tem diversas coisas, e entre essas coisas, está a emoção ou sensação; então, você, ego, cria a ideia de estar vendo alguém caído na rua, e você, ego, cria a ideia de, por amor, ajudá-lo, e o Espírito assiste a tudo isso e pode amar Universalmente ou prender-se a esse amor ilusório, irreal, e aí, achar que deve ajudar. Então, qual é a provação do Espírito? Sair do “bom” e do “mal”; então, o ego precisa criar a ideia de fazer “algo bom”, porque fazer “algo bom” ou “algo mal”, é prova para o Espírito, porque o Espírito que ama fazer o “bom”, ainda está identificado com o personagem.

• O Espirito não ora, ele tem uma ligação com DEUS, e essa ligação, não é a oração que você conhece.

• O ego é DEUS emanado.

• Você, humano, não tem que fazer nada, e tudo que fizer, tinha que ser feito.

• Não se preocupe em querer viver diferente e querer fazer coisas diferentes, você vai viver como tiver que viver mesmo.

11. Prova final

• KRISHNA DISSE: “EXISTEM TRÊS DEUSES: O DEUS SER, O DEUS EMANADO E AS EMANAÇÕES DE DEUS”; os dois últimos, formam o mundo relativo ou a vida material.

• Só existe o Universo, a única coisa que existe e não um Universo, que aí, poderia haver outros.

• O Espírito não pode estar em dois lugares ao mesmo tempo, é que ele se locomove tão rápido, que dá a impressão de estar.

• O ego não é só o humano, ego é, simplesmente, “consciência”, ou seja, “aquilo que cria realidades”, então, ele existe nas outras consciências (6ª a 2ª), criando as realidades daquela consciência ou dimensão.

• O Espírito não pode escolher sentimentos, porque no Universo “uno, único e estável”, não existe sentimentos, só pode existir um sentimento, que é o amor. O Espírito não escolhe entre ganância ou humildade, ele escolhe sempre “amor”; agora, ele pode usar amor em benefício próprio, mas escolhe aceitar como real aquilo que a consciência diz, usando o amor em seu benefício, ou pode escolher não acreditar na consciência e estar unido a DEUS.

• DEUS não projeta atos para seres humanos, mas “provas” para Espíritos. A “ideia” de comer ou vestir, é uma “projeção” que DEUS cria para o Espírito, como “prova”.

• O ego humano não ama, ele diz “eu amo”, e quando ele coloca “eu amo”, está condicionando o amor à satisfação pessoal, porque quem “eu amo” é só aquele que eu quero amar.

• Quem deixa de amar é o Espírito, quando acredita no não-amor criado pelo ego humano; o ego humano é o instrumento para a “ação” do Espírito.

• O que é a vibração negativa do planeta Terra? A “ideia” que DEUS cria; não existe vibração negativa no planeta Terra, o planeta Terra nem existe para vibrar, quem está vibrando, é o Espírito. Vibração negativa é ideia humana, presa ao dualismo de vibração negativa e positiva.