Comunhão com Deus-Textos-1-A razão

Educando a razão

Vocês estão compreendendo o que estou fazendo? Estou educando a razão de vocês que se dizem espiritualistas ou espíritas. Quando confronto a forma como a razão de vocês interpreta os acontecimentos do mundo com os ensinamentos dos mestres, estou fazendo com que a má educação que tiveram apareça e assim vocês podem libertar-se da impureza que torna a razão guia falível.

Não estou fazendo citações para parecer pastor evangélico nem para mostrar o quanto conheço dos ensinamentos dos mestres. Preciso lhes mostrar o que está escrito nos ensinamentos dos mestres para que vocês possam fazer a comparação entre o que dizem que acreditam com a forma como interpretam os acontecimentos do mundo. Isso é necessários, pois este é o trabalho que pode levar à reforma íntima que faz o ser aproximar-se de Deus e viver a felicidade que o Pai tem prometido, mesmo quando encarnado.

Estou usando, inclusive, mestres que vocês dizem que acreditam para poder mostrar as discrepâncias que a mente má educada tem entre a interpretação que faz dos acontecimentos do mundo com aquilo que ela mesma afirma acreditar. A razão mal educada diz que acredita nos ensinamentos de O Livro dos Espíritos, mas quando percebe um assassinato, ao invés de lhes mostrar que aquilo foi uma ação de um espírito a mando de Deus e que aconteceu no momento e na forma que tinha que acontecer, afirma que é um ato bárbaro, um crime.

Educar a razão é usar os ensinamentos dos mestres que você diz acreditar como filtro para criar realidades. Ao invés de acreditar num assassinato, numa brutalidade, a razão bem educada compreende este acontecimento como uma decorrência do carma dos espíritos.

Educar a razão é usar os seguintes critérios com as ações daqueles que não comungam dos mesmos ideais que você:

“Se alguém lhe der um tapa na cara, vire o outro lado para ele bater também. Se processarem você para tomar a sua túnica, deixe que levem também a capa. Se um dos soldados estrangeiros forçá-lo a carregar uma carga por um quilômetro, carregue-a dois quilômetros. Se alguém lhe pedir alguma coisa, dê, e empreste a quem lhe pedir emprestado”. (Mateus, 5, 39 a 42)

No entanto, para educar a razão desta forma, o ser humanizado precisa aprender a valorizar o mundo espiritual acima da existência material. Só quem valoriza a sua existência eterna em detrimento da carnal pode dedicar a sua vida para alcançar a reforma íntima ao invés de buscar o prazer ou qualquer outro bem material. Só quem valoriza a sua existência eterna consegue vender tudo o que tem e comprar o terreno que esconde o tesouro ou a pérola de valor (Mateus, 13, 44 a 46).