Volume 04

Caminhando para o espiritualismo

• Toda busca espiritualista tem que ser fundamentada no “CAMINHO DO MEIO”, ou seja, nem tanto mar nem tanto a terra, não é mudar ou ir contra o que você é, mas também, não é aceitar o que você é. O “CAMINHO DO MEIO” é trilhado quando “você percorre a vida sem estar preso às verdades que a mente cria”. É quando a mente lhe diz: “que bom que eu estou aqui”, e eu digo: “não sei se é bom”; ou quando a mente lhe disser: “que ruim estar aqui”, e você diz: “não sei se é ruim”; não é dizer ruim para o que ela fala bom e bom para o que ela fala ruim, é o “meio”, ou seja, o lugar onde existe o ruim e onde existe o bom, só que o bom e o ruim existem em proporções iguais, que uma não afeta a outra. O caminho do meio não é o nada, o zero, mas “o tudo, tudo que existe”, só que os opostos que existem no caminho do meio, no ponto zero, “tem a mesma intensidade”, e por isso, “um anula o outro”.

• Se você tiver fé, você ainda tem uma posse pra despossuir, por isso, “NÃO SE DEVE TER NADA”.

• Se você tivesse a capacidade de programar o que vai fazer, você sempre programaria o que vai fazer, e faria o que foi programado; como isso não acontece, é sinal do que é feito não depende de você, então, o seu trabalho não é fazer alguma coisa, o seu trabalho é a mente dizer: “eu tenho que fazer isso, porque eu gosto disso, porque isso é o “certo” a ser feito”, e você dizer pra você mesmo: “não sei se é, se fizer, fez, se não fizer, não fez”. É “sempre se libertar da mente”, porque ela vai agir, não é você. A sua mão mexer, a sua boca falar, o seu ouvido ouvir, não é uma atividade física, mas é uma “criação mental”. A mente “cria a ideia” da mão mexer, e “cria a ideia” da mão estar fazendo alguma coisa.

• Aqueles Espíritos que você conversa em uma reunião mediúnica, são Espíritos ligados a egos, você está falando com ego, não com o Espírito, e se está falando com ego, é material, porque o ego é a personalidade humana. O que determina o que é o Espírito, não é o corpo que ele possa ter, mas é a atividade mental, se ele tem uma mente funcionando dentro de padrões humanos, razão, ele é material, é humano.

• DEUS não pode ser compreendido por verdades; é quando você não tem verdades, que você compreende DEUS, porque você não compreende DEUS por sentimento, que vocês humanos não conhecem.

• Quem é que compreende? A mente, não você, então, não é você que vai compreender, você vai receber uma compreensão pela mente, então, por que lutar pra compreender, enquanto ela não der, você não vai conseguir.

• Aquilo que você acredita que é fé, é o que você acredita que é fé; não é fé.

• A jornada é estar.

• Se a mente criou uma compreensão, não acredite na compreensão: “você está me dizendo que é, se é, não sei”.

• Mentira é uma “verdade” que você não acredita.

• O que você acredita e o que você não acredita, são balizas pra mente criar pensamentos, porque quando você acredita no que a mente acredita, ela usa aquilo pra lhe manter preso a ela. Quando você não acredita no que a mente não acredita, ela usa aquilo pra lhe manter preso a ela. Cada vez que você aceita um pensamento, ele vai pra memória, e aquilo fica guardado, e a mente usa contra você; então, se a mente diz que é mentira, diga “não sei”, aí, a mente diz que é verdade, diga também “não sei”, aí, você chega na “não-verdade”.

• Todo o seu “saber” gera o seu “sofrimento”.