Senhor da Yoga - Cap. 7 - Caminho do reto conhecimento

Versículo 27

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Senhor da yoga - versículo 27

27. Ó Bhârata, terror dos seus inimigos... todos os seres ao nascer e crescer ficam presos pela ilusão dos pares de opostos e que surgem do desejo e da aversão.

Vamos entender isso: Todos os seres, ao nascer, ficam presos pelos pares opostos.

Participante: presos, no caso, ficam ligados àquela consciência?

Aprisionados. Para todos aqueles que nascem é preciso que exista um bem e mal, um certo e errado, um bonito e feio, um limpo e sujo, um arrumado e desarrumado...

Participante: mas, isso a gente aprende, com os pais, com a sociedade, ou já vem na consciência?

Isso você aprende com os pais, desenvolve com eles, mas também já vem na memória.

Participante: quem for criado no meio do mato não vai ter esses conceitos, não é?

Não os terá... É por isso que o índio é considerado mais puro. Por isso mesmo pedi a uma pessoa que não deixasse mais chamar os índios de bárbaros. Bárbaro é quem os chama assim... Atrasados? Atrasado é quem tem ciência. O índio não é atrasado, ele vive naturalmente...

Participante: nós, os instruídos, ficamos preocupados se o a possui crase ou não, se determinada palavra se escreve com s ou com z... E ainda dizemos que buscamos a vida natural...

Isso mesmo... Vocês dizem que querem contato com a natureza, mas não conseguem se desvencilhar do mundo antinatural que vivem.

Participante: o índio anda pelado... Ele não sente frio.

Ele não tem vergonha, não tem pudor como vocês, porque não vive o dualismo do certo e errado como vocês.

Os seres ditos como evoluídos, os perfeitamente integrados à sociedade, se prende a esses pares. Como eles são ilusões, já que Deus é a única coisa que existe, vive iludido pensando que certo e por causa deles deixa de amar o próximo como a si mesmo...