Síndromes da vida

Síndrome de juiz

Não importa o que a mente crie, o que ela está fazendo é sempre julgar alguma coisa. Para entendermos melhor esta questão, pergunto: o que é julgar?

Participante: dizer que as pessoas estão certas ou erradas.

Não, isso é apenar.

Participante: dar um valor a alguma coisa.

Não. Para existir um julgamento não é necessário se alcançar valor algum. Na verdade quando se chega a um valor, este já é uma pena e não um julgamento.

Julgar é atribuir um juízo a alguma coisa. É ter alguma conclusão com respeito a alguma coisa. Para entendermos melhor o que estou afirmando, vamos nos reportar a um julgamento humano.

Como se processa um julgamento humano? Primeiro alguém apresenta uma acusação, ou seja, expõe a idéia de que alguém fez alguma coisa. Em seguida, outra pessoa apresenta uma defesa, ou seja, tenta provar que o acusado não fez o que lhe é imputado. Depois que as duas opiniões são apresentadas o juiz analisa o que cada um disse e chega uma decisão sobre o que aconteceu, ou seja, forma um juízo. Na formação deste juízo, que é o julgamento em si, ele determina o que aconteceu.

É só depois disso que se chega à pena. Mas, para se chegar a ela é preciso que se forme um juízo sobre alguma coisa.