Influência oculta dos espíritos

Obsessão

“466. Por que permite Deus que Espíritos nos excitem ao mal? Os Espíritos imperfeitos são instrumentos próprios a pôr em prova a fé e a constância dos homens na prática do bem”.

Vamos ver novamente a resposta?

Os Espíritos imperfeitos são instrumentos ...

De quem?

Participante: de Deus.

próprios a pôr em prova a fé e a constância dos homens na prática do bem.

Isso.

Agora podemos continuar a ver a resposta.

 “Como Espírito que és, tens que progredir na ciência do infinito. Daí o passares pelas provas do mal, para chegares ao bem. A nossa missão consiste em te colocarmos no bom caminho. Desde que sobre ti atuam influências más, é que as atrais, desejando o mal; porquanto os Espíritos inferiores correm a te auxiliar no mal, logo que desejes praticá-lo. Só quando queiras o mal, podem eles ajudar-te para a prática do mal. Se fores propenso ao assassínio, terás em torno de ti uma nuvem de Espíritos a te alimentarem no íntimo esse pendor. Mas outros também te cercarão, esforçando-se por te influenciarem para o bem, o que restabelece o equilíbrio da balança e te deixa senhor dos teus atos. É assim que Deus confia à nossa consciência a escolha do caminho que devamos seguir e a liberdade de ceder a uma ou outra das influências contrárias que se exercem sobre nós.

Parece Joaquim falando, não? Todos os nossos ensinamentos estão aí,

O espirito fora da carne se junta a um na carne por duas razões. Primeira: provas. O espírito é instrumento de Deus para gerar uma prova ao encarnado. Então, vamos dizer assim: um espírito que esteja fora da carne induzindo a um pensamento individualista não é um diabo, não é um obsessor, é um instrumento de Deus para a prova do outro.

Só que nessa resposta há um complemento que precisamos observar. Deus coloca esse obsessor quando? Quando há simpatia entre os dois, quando há comunhão de interesses entre os dois. É isso que precisamos compreender.

Ninguém pode obsidiar ninguém, a não ser que Deus crie a obsessão. Só que quando Ele faz isso é por que há uma sintonia sentimental entre os dois. Por isso a obsessão transforma-se numa prova para aquele espírito que está encarnado.

Queria aproveitar que há em nosso grupo muitas pessoas que frequentam centro espírita para fazer uma proposição. A partir desse ensinamento que vimos hoje, que mudemos os centros espíritas, mudemos a forma de trabalhar a desobsessão nos centros.

Hoje no centro espírita como se faz um trabalho de desobsessão? Coloca-se o encarnado numa sala, um médium incorpora o desencanado, aí se retira o encarnado do ambiente e se doutrina o desencarnado. Só que o encarnado é tão ‘culpado’ quanto o desencarnado

Por isso, para o encarnado, esse processo não adiantou nada, já que ele não mudou o seu padrão vibratório, não mudou o seu sentimento. Mesmo que a doutrinação do desencarnado seja perfeita, aquele encarnado terá na porta do centro diversos outros esperando por ele. É o que o Cristo ensina: você expulsa um demônio, ele sai e não tem para onde ir, volta, vê a casa arrumada, sai e busca mais sete para morar lá dentro.

Venho falando disso há muito tempo e gostaria que me ouvissem. Vamos começar a fazer uma desobsessão diferente? Vamos manter o encarnado na sala e dizer a ele: ouve o que o obsessor está falando. É por isso que ele está aqui. Você precisa mudar o que ele está mostrando.

Sempre que se faz uma desobsessão o obsessor diz: ‘eu estou com ele porque gosta de fazer fofoca, estou com ele porque tem inveja dos outros, estou com ele porque tem ganância’. A partir disso é preciso dizer para o encarnado: ‘ouviu, é por isso que tem obsessor junto. É porque você tem ganância, tem inveja, porque gosta de fazer fofoca. Mude isso, pois se não mudar isso, não vai se libertar jamais’.

Essa é uma bandeira que estamos carregando há muito tempo. Trata-se de uma bandeira que pode auxiliar tanto ao espírito desencarnado quanto ao encarnado. Essa resposta de O Livro dos Espíritos nos dá plena compreensão da verdade, da realidade, ou seja, que não há um espírito fora da carne mal e um santinho, coitadinho, na carne.