Fatalidade

Conjurar o perigo

859. “Com todos os acidentes, que nos sobrevêm no curso da vida, se dá o mesmo que com a morte, que não pode ser evitada, quando tem que ocorrer? São de ordinário coisas muito insignificantes, de sorte que vos podeis prevenir deles e fazer que os eviteis algumas vezes, dirigindo o vosso pensamento, pois nos desagradam os sofrimentos materiais. Isso, porém, nenhuma importância tem na vida que escolhestes. A fatalidade, verdadeiramente, só existe quanto ao momento em que deveis aparecer e desaparecer deste mundo”.

Há uma coisinha interessante aqui. O Espírito da Verdade fala que você pode libertar-se de alguns perigos dirigindo o seu pensamento. Essa informação é importante e vamos tentar entende-la.

Você não pode se libertar da situação, do ato perigoso, porque esse está prescrito, mas pode se libertar do perigo. Vou dar um exemplo: Se anda na rua e é assaltado, disso não pode escapar. Agora, pode escapar de ao ser assaltado não se sentir em perigo. São duas coisas diferentes. Só que para isso é preciso que aprenda a controlar o seu pensamento.

O perigo não está no que acontece, ser assaltado, mas sim no seu pensamento. É ele que diz que aquele acontecimento é perigoso, pois pode levar um tiro, por exemplo. Só que como já vimos, não vai levar se não tiver que levar. Por isso, o acontecimento realmente não é perigoso.

Então veja, é preciso controlar o pensamento, ou seja, você precisa assumir o comando da sua vida. Hoje quem comando a sua vida é o seu pensamento. É ele que diz o que deve ver, que deve fazer, como deve se sentir. É por isso que o ser humanizado vive com a ideia de existência de perigos, infortúnios, etc. Vive com esses acontecimentos porque é escravo do pensamento que é gerado pelo ego, pela mente.

Portanto, se há um trabalho, se há uma construção a ser feita nessa vida, ela se consiste em aprender a dominar o pensamento. Não construindo pensamentos novos ao qual se subordina, mas não acreditando no que é dito pela mente. É preciso destruir o poder de verdade, de realidade que os pensamentos possuem.

Esse é o trabalho que vocês chamam de reforma íntima, a reforma de dentro: reformar as verdades com as quais você vive a vida.