Aldo Pereira

A escolha do espírito.

Por Aldo Pereira há 5 anos

Espírito não escolhe vida. Espírito, antes de encarnar, escolhe gênero de provas. Uma coisa é diferente da outra. O espírito não escolhe acontecimento, não escolhe encarnar com determinado espírito, não escolhe assumir papel de pai ou filho de outro determinado espírito. Ele não escolhe essas coisas. O que ele escolhe é gênero de provas. Então, o espírito escolhe fazer a prova da vaidade, da ganância, da humildade, da soberba. Ele escolhe essas coisas. Ele escolhe o gênero de provação pelo qual passará.

Na pergunta 851, que fala da fatalidade, é dito o seguinte: ao escolher o gênero de provas, o espírito gera para si uma espécie de destino. Por isso afirmo que não é o espírito que escolhe o destino, mas sim o gênero de provas. Mas, como esse gênero de provas se transforma num destino, numa história de vida?

Isso acontece através do senhor dos carmas, Deus. É Deus que recebendo o pedido do gênero de prova dos espíritos, gera histórias de tal forma que aqueles que possuem carmas que sejam análogos se encontrem. É o que Buda chama de interdependência.

Vou dar um exemplo. Um espírito escolhe o gênero de provas para se libertar do ser bagunceiro. Outro espírito escolhe se libertar do gênero de provas de exigir ordem, organização. Os dois espíritos, portanto, escolheram estes gêneros de provas. A partir deste pedido, Deus, o senhor do carma, cria uma história onde esses dois espíritos vão conviver para que um vença a sua bagunça e o outro vença aquilo que ele acredita que é certo, a ordem.

Então, o bagunceiro é o carma de quem tem ordem e este tem como carma a bagunça do bagunceiro. É assim que os dois vivem suas próprias provas e cada um, sob o comando de Deus, contribui para a obra geral, como está na questão 132 de O Livro dos Espíritos.

Espiritualismo ecumênico universal