Gileno de Sá Cardoso

ALGO PENSA EM MIM

Por Gileno de Sá Cardoso há 7 anos

Nietzsche sempre repetia essa afirmativa. Para ele esse algo é uma força vital genealógica que faz brotar involuntariamente o pensamento. É como se a geração do pensamento fosse uma coisa involuntária assim como o são os movimentos peristálticos do intestino ou as contrações do coração. Você pode estar se questionando agora: sim, mas e os movimentos voluntários dos demais músculos, por exemplo, das pernas que nos possibilita a locomoção? Ora, também necessitam de um comando do pensamento e o Nietsch defendia uma involuntariedade do cérebro, à exemplo de intestino e coração. Vivenciando a vida com essa consciência, a figura do EU desaparece automaticamente e você passa a se sentir um observador. É como se você deixasse de ser sua identidade construída pela mente e a sua consciência passasse a ocupar o espaço vazio entre a sua essência e a mente.

Gileno de Sá Cardoso

AS DUAS CONSCIÊNCIAS

Por Gileno de Sá Cardoso há 7 anos

As duas (C) consciências são importantes pra nos tornarmos o agora na Realidade Maior do Universo. A Consciência é o observador da nossa vozinha interior, emitida pela mente a todo momento, como forma de provas ao nosso Eu. A consciência é a nossa experienciação da vida enquanto o nosso eu permaneceu identificado com a mesma. Essa consciência é importante no processo de descarte da necessidade do ganho, prazer, elogio e razão propiciando assim o retorno da Consciência.

Renato Mendes

Comece pelo começo

Por Renato Mendes há 7 anos

Já percebeu que vivemos em uma era imediatista? Queremos tudo agora, esperar é uma tortura.

Este imediatismo nos atinge inclusive em assuntos de espiritualidade.

Nós devoramos o assunto e queremos um efeito imediato. Lemos que Atman é Brahman e queremos experimentar a Unidade agora, seja lá o que isto queira dizer.

Mas vamos com calma, existem sim testemunhos de pessoas que "despertaram" de modo repentino, mas se isto não ocorreu com você não fique parado esperando, pois da espera você receberá apenas a espera.

Figura

Quando vemos uma criança começando a andar é interessante notar a euforia dela em chegar logo ao objetivo, e assim que tenta correr ela cai. Aí ela se levanta e percebendo que não consegue chegar correndo, ela se concentra no primeiro passo, e com calma tenta dar o segundo e o terceiro até chegar.

Pois bem, assim como a criança, concentre-se no primeiro passo, e aí estará pronto para dar o segundo, mas não tente alcançar a chegada se nem começou.

E falando em caminhada, por onde sempre começamos? Começamos de onde estamos, não é na linha de partida, porque mesmo para chegar à linha de partida devemos caminhar a partir de onde estamos agora.

Por onde começamos então se o assunto é espiritualidade? Comece pelo mais perto, comece por você, e onde está agora e o que você é? Observe-se para descobrir. Observe-se aí mesmo onde está agora, observar é o começo e para observar não é necessário ir a lugar algum ou fazer coisa alguma, apenas observar.

Observe-se. Observe-se fazendo qualquer coisa ou não fazendo nada. Observe o seu mundo interno.

Não faça da observação um ritual, mas se praticar um ritual, observe-se praticando. Não espere sentar na posição de lótus ou fazer mantras e mudras para observar-se, mas ao fazer tudo isto observe-se internamente enquanto faz. Observe-se indo meditar, observe-se meditando, observe-se após a meditação.

Observar não cansa, observar é apenas observar e mais nada, se vier o cansaço observe isto.

Figura

Observar-se é dar o primeiro passo, e se fizer apenas isto já é melhor do que não ter feito nada.

É melhor sair desta vida com ao menos um passo dado do que não ter dado passo algum.

Observe-se e então a caminhada terá dado início.
Roosevelt Cardoso

O FLUIR DA VIDA

Por Roosevelt Cardoso há 7 anos

      A vida flui sem que tenhamos o menor controle sobre ela,  os pensamentos ativam em nosso corpo mental todas aquelas energias, memórias que precisam ser vivenciadas criando os atos do dia a dia, não temos a menor culpa ou responsabilidade pelo ocorrido, mas e qual seria então nossa responsabilidade, qual o real sentido da vida, qual o propósito? O de nos tornarmos  conscientes de tudo aquilo que está inconsciente em nós, o subconsciente. Diante de todas as verdades individuais vividas ou vivenciadas em todo esse período de conflito, o que se observa, os erros ou acertos, as escolhas?

      Não, nada disso existe ou existiu, tudo o que ocorreu foi da forma exata como deveria ter acontecido, nada poderia ter sido diferente, pois a vida é quem determina o que vai acontecer. Quanto aos propósitos, como recobramos nossa consciência original diante dos atos e circunstâncias da vida? Despertando dentro de si o observador aquele eu que vai observar as ações do ego-mente, ex: estou dirigindo no trânsito e sou “trancado” me observo, me percebo e melhor me assumo completamente irritado, e isso não me traz a mínima preocupação ou culpa por estar assim. Pronto, tomei consciência de um aspecto inconsciente em mim até então ignorado pela minha identificação com a raiva, esse ato de me observar enfraquece esse aspecto raiva que faz parte de minha personalidade.

                             “Tudo é revelado ao ser exposto à luz e tudo que é exposto à luz, se torna luz”.

                                                                                                                                               Paulo.