A ETERNIDADE ESTÁ AQUÍ E AGORA
Tudo que acontece a cada fração de segundo no agora, é fruto de toda vivência passada de um espírito.
Essa dedução se baseia no fato de que as nossas provas se sustentam em barreiras do passado onde não conseguimos amá-las.
O gênero de provas que o ser espiritual vai ter que se submeter vai depender da sua bagagem de amor trazida das suas experiências humanas vivenciadas antes.
Junte-se a isso a constatação de que quando chegamos a esse mundo, só trazemos no coração o amor universal.
Somente a partir dos sete anos de idade é que desaprendemos a amar a vida como ela é.
Isso ocorre porque o ego começa a se manifestar sob forma de contrariedade por causa do querer individual diante do que a vida tem para lhe oferecer.
Com o surgimento do ego, começa a afluir uma avalanche de outros sentimentos, tentando ocupar o lugar deixado pelo amor universal.
Em contrapartida, nesse mesmo momento já está se delineando o futuro próximo desse ser espiritual.
O futuro vai depender da capacidade de amar desse espírito ao que está acontecendo.
Digo futuro próximo, porque a cada segundo estamos mudando a nossa trajetória baseada no amor.
A depender da capacidade de amar a vida, o que somos agora já não seremos mais amanhã ou depois.
É nesse momento que se verifica a transição do nada para o tudo e do tudo para o nada.
Em ambas as transições, é necessário que o espírito se exteriorize através da consciência e perceba se está ou não amando a vida como ela é.
Diante dessa evidência, pode-se deduzir que toda a eternidade de um ser está ocorrendo em cada agora.
Pelo exposto acima, podemos afirmar que cada agora funciona como uma nova experienciação humana do ser espiritual.
Cada agora representa uma nova oportunidade na carne de alcançar a reforma íntima para cada prova.
Pelo mesmo raciocínio, pode-se deduzir que, uma vez alcançada a reforma íntima, é como se o "quem" não estivesse mais nesse mundo.
Bom que se entenda que isso só vale para aquele agora relativo àquela prova específica daquele momento.
É como se a ressureição já houvesse ocorrido ainda na carne, mas só para aquela prova específica.
Essa afirmativa se baseia no fato de que o ser se torna Uno ainda que esteja na carne, pois já reaprendeu a amar e alcançou a comunhão com Deus, diante daquela prova específica.
Mas porque somos sempre uma metamorfose ambulante?
Porque somos seres espirituais vivenciando uma experiência humana, após a vivência das experiências mineral, vegetal e animal.
O ser espiritual se encontra apenas na metade do caminho da sua experiência humana.
Mais especificamente, entre a terceira densidade isolada e a terceira densidade unificada.
O que acontece em cada reencarnação é a experiência cada vez maior de frações de segundo no agora, ou seja, na vida espiritual.
Essas vivências espirituais na carne funcionam como um treinamento para se tornar apto à ascenção do ser espiritual.
Isso só vai se tornar possível quando o ser espiritual humanizado conseguir ser o agora em todas as provas.
Cada vez mais a densidade do ser espiritual vai diminuindo pelo tempo cada vez maior de permanência sendo o agora.
Somente na sétima densidade o ser escapa do merecimento e aguarda a sua ascenção.
Deus é a essência do agora. Bem Aventurança sempre, independente do que aconteça. Mas quem somos nós pra qualificar Deus? Ele é tudo. Por mais que nos esforcemos, não conseguimos alcançar a sua Magnitude. Ele é tão grandioso que não conseguimos associá-Lo a nenhum símbolo ou imagem, facilitar a sua representação, imagina definí-Lo. É muita pretensão.
Só entramos em contato com o Todo quando somos o Agora. Como podemos representar Aquele que não tem forma? Como podemos definir Aquele a Quem nos atribuiu a missão de não se apegar a nenhum conceito substituindo-os pelo amor universal. Então Deus é Amor e Este nos traz uma sensação de Bem Aventurança ou Felicidade Eterna.
Já percebeu que no Agora, que ocorre em uma fração de hum segundo, o Nada passa a ser o Tudo e o Tudo passa a ser o Nada? Isso é a presença não conceitual de Deus.
As passagens do mundo Uno para a consciência, ou seja, do Nada para o Tudo e o retorno da consciência para o mundo Uno, ou seja, do Tudo para o Nada, requerem ambas que o Espírito seja exteriorizado através do contato com a consciência.
Deus é Tudo Isso e se fosse possível definí-Lo, eu diria que Deus é a Consciência do Uno.
PERMITA-SE ÀS INCERTEZAS DA VIDA
A consciência é que permite a eternização da dúvida, pois o ser humanizado consciente sempre observa a vida de fora e aceita tudo que vem dela sem nela intervir. Interfere na vida quem se sente incomodado por ela e quer viver o tempo todo controlando tudo, para ter sempre a sensação de que está entendendo tudo e de que é dono da situação. Pura ilusão. Quando o ser humanizado inconsciente acha que sua vida está errada, ele fica desarmonizado, questionando tudo e constantemente tentando "consertá-la". Assim sente o seu íntimo sempre abarrotado de conceitos e opiniões formadas que são as pontes que dão acesso à identificação com a vida, não a deixando fluir livremente. O ser humanizado sem a consciência vive sempre querendo suprimir as dúvidas, porque não consegue confiar e nem conviver com elas, pois nunca se permite às incertezas da vida. Somente o ser que tem a consciência consegue aceitar e amar de verdade à vida e ao próximo. Qualquer pessoa pode desenvolver a sua consciência e adquirir a capacidade de amar independente de credos, estudos ou tendências afinal somos todos um. Ao ser humanizado, sem consciência, só resta a alternativa de viver com a ilusão da separação.
Passo a passo, dia a dia
Tudo se tornou diferente
O que antes era confuso
Hoje se tornou coerente
O inimigo de outrora
Sempre forte e valente
Tanto sofrimento causava
Agora o vejo impotente
As lembranças do passado
Antes fortes e insistentes
Depressivo me deixava
Agora só me vejo contente
A ansiedade do futuro
Preocupava e me consumia
Hoje deito na minha calma
Sereno vejo passar o dia
Não sabia o que era vida
Nas agruras do outrora
De repente surgiu o milagre
Do abrigo do agora
Vivia num mar constante
De julgos e de intrigas
Hoje me sinto no paraíso
Sem querelas e sem brigas
Antes selecionava as amizades
Achava que só uns valiam a pena
Pra mim agora são todos iguais
No amor uso a mesma trena
Na labuta da vida
Só via competição
O ego só me impulsionava
Pro prazer e perdição
Quando pensava que estava na vida
Achando que era minha a eternidade
Na verdade estava na morte
Perto da mentira e longe da verdade
Perder ou ganhar hoje não mais importa
Famoso ou desconhecido tanto faz ser
O elogio ou a crítica não mais me atinge
Saí da dor, o bem-estar é o meu prazer
Se me envolvo num conflito
Dele afasto logo o concorrente
Me analiso com o meu Ser
Na presença do Onisciente
A vida nasce do pensamento
Nos trazendo logo a prova
Mas se com a vida o eu se identifica
Verá que Deus logo reprova
Se de repente caio numa tentação
Procuro logo me harmonizar
De posse do amor universal
Expulso o ego daquele lugar
Quando lá fora a coisa fica feia
Trato logo de me despertar
Saio de cena ligeirinho
Convoco a consciência a observar
A cada dia que passa
Vejo meu coração se limpar
De qualquer tipo de sentimento
Pra semente do amor germinar
A vitimização é um aspecto da personalidade humana que afeta ao personagem ativo e ao passivo. É uma forma terrível de apego à vida que produz conflitos crescentes e podem persistir por uma existência inteira, caso não seja combatida intimamente pelo ativo e ignorada pelo passivo. Pura falta de consciência material e espiritual.
As duas (C) consciências são importantes pra nos tornarmos o agora na Realidade Maior do Universo. A Consciência é o observador da nossa vozinha interior, emitida pela mente a todo momento, como forma de provas ao nosso Eu. A consciência é a nossa experienciação da vida enquanto o nosso eu permaneceu identificado com a mesma. Essa consciência é importante no processo de descarte da necessidade do ganho, prazer, elogio e razão propiciando assim o retorno da Consciência.
A difusão da consciência ao próximo, sob a forma de luz, através da incitação íntima universal, não vai alterar a vida - livre arbítrio espiritual, programação ou plano de Deus - do próximo e sim alterar a sua maneira de encarar a vida, que ele tem que viver, de uma forma mais feliz.
Consiste em mostrar as leis universais, através de exemplos comparativos com as leis às quais o próximo está acostumado a conviver no dia a dia, para que ele comece a quebrar dentro dele paulatinamente as leis humanas incrustadas no seu íntimo durante milênios.
Isso só se torna possível após a miscigenação, nos momentos de identificação com a vida, com um leque de outras opções universais que possibilitem o exercício do seu livre arbítrio emocional mais amplo passando a encarar as vicissitudes da vida com mais harmonia.
Para tal, são essenciais a convivência com o próximo que permitirá a observação diária dos seus momentos de identificação com a vida e a utilização do silêncio espiritual durante o processo de escuta.
(Comentário sobre o novo ciclo preconizado por Joaquim de Aruanda).
A vida flui sem que tenhamos o menor controle sobre ela, os pensamentos ativam em nosso corpo mental todas aquelas energias, memórias que precisam ser vivenciadas criando os atos do dia a dia, não temos a menor culpa ou responsabilidade pelo ocorrido, mas e qual seria então nossa responsabilidade, qual o real sentido da vida, qual o propósito? O de nos tornarmos conscientes de tudo aquilo que está inconsciente em nós, o subconsciente. Diante de todas as verdades individuais vividas ou vivenciadas em todo esse período de conflito, o que se observa, os erros ou acertos, as escolhas?
Não, nada disso existe ou existiu, tudo o que ocorreu foi da forma exata como deveria ter acontecido, nada poderia ter sido diferente, pois a vida é quem determina o que vai acontecer. Quanto aos propósitos, como recobramos nossa consciência original diante dos atos e circunstâncias da vida? Despertando dentro de si o observador aquele eu que vai observar as ações do ego-mente, ex: estou dirigindo no trânsito e sou “trancado” me observo, me percebo e melhor me assumo completamente irritado, e isso não me traz a mínima preocupação ou culpa por estar assim. Pronto, tomei consciência de um aspecto inconsciente em mim até então ignorado pela minha identificação com a raiva, esse ato de me observar enfraquece esse aspecto raiva que faz parte de minha personalidade.
“Tudo é revelado ao ser exposto à luz e tudo que é exposto à luz, se torna luz”.
Paulo.