Gileno de Sá Cardoso

ALGO PENSA EM MIM

Por Gileno de Sá Cardoso há 7 anos

Nietzsche sempre repetia essa afirmativa. Para ele esse algo é uma força vital genealógica que faz brotar involuntariamente o pensamento. É como se a geração do pensamento fosse uma coisa involuntária assim como o são os movimentos peristálticos do intestino ou as contrações do coração. Você pode estar se questionando agora: sim, mas e os movimentos voluntários dos demais músculos, por exemplo, das pernas que nos possibilita a locomoção? Ora, também necessitam de um comando do pensamento e o Nietsch defendia uma involuntariedade do cérebro, à exemplo de intestino e coração. Vivenciando a vida com essa consciência, a figura do EU desaparece automaticamente e você passa a se sentir um observador. É como se você deixasse de ser sua identidade construída pela mente e a sua consciência passasse a ocupar o espaço vazio entre a sua essência e a mente.