Espiritualismo

O TIJOLINHO

Por Espiritualismo há 7 anos

Sabe o que é “viver” materialmente falando? É como se tivesse sido mandado para um prédio imenso de trinta andares, cheio de apartamentos, com a finalidade de demoli-lo. Só que você só tem um martelinho para trabalhar.

Viver é isso: é você de martelinho quebrando pedacinho a pedacinho do prédio das verdades que construiu antes de encarnar.

Além disso, é preciso compreender que durante a vida cada vez que para tirar o suor do rosto, ou seja, a cada segundo que não dá uma martelada coloca outro tijolo, ou seja, uma nova verdade. Isto é viver a vida carnal no sentido espiritual.

Você está lá com o seu martelinho quebrando suas paredes e em determinado momento, cansado do trabalho que está realizando coloca o martelo do lado para descansar e quando olha de volta a parede já o engoliu novamente.

Tudo no que acredita é o ego que lhe diz, mesmo que você considere estas coisas como benéficas para você. Passear, ir para o campo, viver o final de semana onde não há trabalho, a sensação de ter sido aprovado em um concurso, etc. Sabe o que é tudo isto? É ilusão. É assentar mais um tijolinho na parede do seu prédio.

Para poder se trabalhar com afinco sem jamais parar de martelar e reconhecer que mesmo nestes momentos precisamos continuar o processo de demolição, precisamos é saber o que queremos: destruir ou assentar.

O grande problema da vida não é construir, colocar mais tijolos na construção, pois Deus dá ao espírito o direito dele não evoluir, mas ser hipócrita: destruir de noite e construir de dia. Não avança nem retroage. Ou seja, é tempo jogado fora.

A encarnação há muito tempo tem sido jogada fora. A oportunidade de vitória sobre o ego, ou seja, quebrar as paredes têm sido jogada fora em troca do prazer do “ser” e “estar”, em troca da obediência as leis do planeta, para ficar famoso como ser humano: isto é importante para quem está “vivo” e buscando a Deus se lembrar.

Sabe de uma coisa: aqueles que viveram neste planeta antes, em gerações anteriores, não são outros homens nem outros espíritos que deixaram de aproveitar a oportunidade para a reforma íntima, mas nós mesmos, com outras personalidades, com outros egos, com outros carmas.

Não foi ninguém diferente que fez o planeta do jeito que está, mas cada um de nós o criou do jeito que está encarnado e desencarnado nele por centenas de vezes.

Esta consciência deve lhe levar a preocupar-se em começar a trabalhar já. Ou será que ainda esperará voltar a encarnar no futuro e acusar você mesmo de não ter feito nada para que o planeta Terra evoluísse?

Alguns são fortes e quando batem na parede caem três tijolos de uma vez, outros são sábios, acham o ponto certo e o prédio cai de uma vez, mas a grande maioria precisa bater constantemente para quebrar a parede.

Por isto, amigos, agora que já sabem que sua vida não é obra do “acaso” nem de reações biológicas, mas uma oportunidade de provação espiritual; agora que já conhecem a escravidão ao ego como instrumento desta provação, preparem-se para mudar.

Lutem contra tudo aquilo que acreditam ser real e verdadeiro e destruam o prédio que moram (sua vida) para poder entrar no universo, na comunhão universal com Deus. 

Espiritualismo

AQUELE QUE VEM DO CÉU

Por Espiritualismo há 7 anos

Aquele que vem do céu é o maior de todos e quem vem da Terra é da Terra e fala das coisas terrenas. Quem vem do céu está acima de todos.

 

O ser humano necessita para compreensão da existência carnal, alterar a sua auto visão. Hoje se imagina um corpo físico que nasce da união carnal entre dois seres. Este corpo que se forma e aparece (nasce) desenvolver-se-á e, um dia, irá parar de funcionar (morte).

Para aqueles que não acreditam em Deus, neste momento, chegará o fim total; para os outros, haverá um fim desta forma de existência (material) para o início de outra. a espiritual. Em qualquer das crenças, o ser humano imagina que ocorrem duas existências separadas: material e espiritual. Esta é a compreensão até daqueles que acreditam na reencarnação, pois não conseguem “ver” nos acontecimentos desta “vida” o reflexo dos atos de outras.

É por esta auto visão que os seres humanos buscam apenas a satisfação material, ou seja, construir a sua “vida” de tal forma que ela produza “frutos” materiais. Estes “frutos” nem sempre se referem a objetos, mas sempre terão que produzir uma satisfação pessoal, ou seja, trazer uma felicidade individual, independente da felicidade dos outros.

Quando o ser humano compreender que ele não “nasce” nem “morre” junto com a matéria carnal, poderá, então, encontrar Deus, ou seja, participar da felicidade universal e não buscar a satisfação pessoal.

O espírito é eterno: existia antes do “nascimento” e continuará existindo após a “morte”. A vida carnal é apenas um lapso da vida espiritual. A matéria carnal é um “traje” que o espírito “veste” para uma determinada tarefa específica. Durante a existência carnal o espírito continuará a ser o mesmo de antes e depois da encarnação. Terá as mesmas capacidades e a mesma “essência” que fora da carne.

Quando o ser humano se conscientizar desta verdade buscará participar da felicidade universal e não mais satisfazer suas próprias “vontades”. Neste momento ele será superior, não porque é melhor, mas porque estará “mais perto” de Deus.

 

Ele fala daquilo que viu e ouviu, mas ninguém aceita a sua mensagem.

 

O objetivo de uma encarnação (trabalho do espírito na carne) é purificar os sentimentos que possui, ou seja, alterar o individualismo (negativo) para universalismo (positivo). Isto ele consegue nutrindo apenas o amor universal frente aos acontecimentos da vida. Podemos, então, chamar a vida carnal de uma “prova” para o espírito.

Cada um possui determinados sentimentos que precisa alterar e, por este motivo, possui provas específicas para estes sentimentos. Os acontecimentos da vida de um espírito na carne são individualizados de acordo com os sentimentos que ele precisa alterar. Foi isso que Cristo ensinou quando disse que cada um tem a sua própria cruz para carregar.

O espírito fora da carne é cônscio daquilo que precisa reformar. Por esta “consciência” ele participa da elaboração do seu “Livro da Vida”, ou seja, determina os acontecimentos da sua próxima vida carnal. Pede e programa os acontecimentos com a intenção de suportá-los com o amor universal e assim purificar-se.

As situações da vida são, portanto, provas pedidas pelo próprio espírito e não apenas determinados por Deus. Ao vencê-las, o espírito participará da felicidade universal. Esta felicidade é alcançada quando o todo espiritual fica feliz. Um espírito que consiga purificar-se traz a felicidade coletiva à espiritualidade, pois este é o objetivo da existência espiritual. Quando o espírito encarnado busca as realizações materiais está causando “sofrimento” ao todo espiritual, pois deu vazão a sentimentos negativos.

A fome é uma situação de vida material, ou seja, uma prova pedida pelo espírito durante a sua existência carnal. Passar por ela sem “ranger de dentes” ou murmúrios contra Deus (reclamações) é reagir a este acontecimento com amor: alegria, compaixão e igualdade. Reagir à fome com estes sentimentos é falar do que “viu” e “ouviu” antes de encarnar, ou seja, mostrar que conhece o sentido da sua vida.

 

Quem aceita a sua mensagem dá prova de que Deus é verdadeiro.

 

Quando o espírito encarna existe um “artifício” que o impede de utilizar a sua memória espiritual, ou seja, de lembrar-se do objetivo de sua vida. Isto ocorre para que ele utilize a “fé”.

Ter fé é acreditar completamente em algo e a partir desta crença alcançar uma confiança absoluta e irrestrita na ação do objeto da sua fé. Ter fé em Deus é acreditar e confiar na ação dos Seus atributos (Causa Primária, Inteligência Suprema, Justiça Perfeita e Amor Sublime). Viver com fé é dar um testemunho autêntico desses atributos.

Para que o espírito consiga reagir aos acontecimentos com o amor universal é preciso que ele acredite nos atributos de Deus e confie na ação deles na sua vida carnal.

Para se viver com alegria independente do acontecimento, é preciso compreender a ação de Deus. É necessário que se veja o comando de Deus na forma de todos eles (perfeição) objetivando a Justiça Perfeita (dar o que merece) e o Amor Sublime (não como pena, mas como ensinamento para evolução).

A compaixão pelos outros só será alcançada quando o espírito não mais “sentir” sofrimentos, ou seja, não se sentir ferido ou magoado pelos outros. Enquanto reagir com estes sentimentos terá que se “defender” agredindo. A compaixão só será alcançada quando o espírito entender que ninguém pratica algo contra ele, mas Deus utiliza os outros como “mensageiros” de ensinamentos que objetivam o crescimento espiritual deste.

É na fé na ação de Deus que o espírito pode encontrar a igualdade: dar a cada um o que merece. Não existe ninguém que tenha uma vida completa de satisfações pessoais: sempre haverá situações de sofrimento. Na consciência da distribuição igualitária das provas o espírito pode ver que a cada um é dado de acordo com suas obras. Portanto, quando chega o seu momento de passar por situações de sofrimento não há uma injustiça, mas uma igualdade.

Aquele que se vê como espírito e busca a elevação espiritual compreende a ação de Deus sobre as coisas e acaba com o seu “entendimento” sobre elas. Poderá, então, viver com o amor universal, exemplificando o significado da “vida material” para os outros espíritos.

Tendo apenas fé (crença e confiança) na vida material, no que “compreende” das coisas, o espírito continuará sendo um ser humano e continuará a viver para a sua satisfação pessoal.

 

Aquele que Deus enviou diz as palavras de Deus porque Deus dá do seu Espírito sem medida. 

 

É pela fé na “ação” de Deus sobre as coisas da vida que o espírito pode alcançar o amor universal. A reforma íntima, tão comentada como necessária para a evolução espiritual, é “alterar a essência dos acontecimentos”: ao invés do espírito entende-los como “erro”, “injustiça” e “sofrimento”, enxergar a ação dos atributos de Deus.

É preciso que o espírito busque a “cegueira”, ou seja, não “veja” mais as coisas para que viva com o amor universal. No entanto, esta “cegueira” não será dada como dádiva por Deus, mas precisa ser alcançada pelo esforço individual do espírito. Por isto Jesus nos ensinou que devemos vigiar sempre nossas atitudes? Mas, de onde vêm os atos? O que é que cada um “vê”?

“Ver” alguma coisa é perceber formas e analisa-las com os conceitos que o espírito possui. Sempre que uma forma é percebida, o espírito promove um raciocínio, ou seja, analisa a percepção (pensamento). Esta análise é influenciada pelos conceitos existentes.

Existem dois tipos de “pensamento”: espiritual e material. O primeiro, que acontece no que é conhecido como “inconsciente”, o espírito “escolhe” (livre arbítrio) um sentimento para reagir ao percebido. No segundo (material), este sentimento se “materializa” em histórias (pensamento) que servirão como “argumentos” materiais para o ato.

Exemplificando. Quando um espírito percebe uma outra pessoa ele busca os sentimentos conceituais sobre ela: gosto ou não, ela é agressiva ou não, é “amiga” ou não. A partir destes sentimentos ele “verá” todos os atos já praticados por aquela pessoa que ele tenha conhecimento (“viu” ou “soube”). Sempre que uma percepção é recebida o espírito pratica o raciocínio espiritual e recebe o raciocínio material.

O Espiritualismo Ecumênico Universal vem ensinando que o raciocínio material (pensamento) é intuído pelos espíritos fora da carne por ordem de Deus. Eles não foram desenvolvidos pelo próprio espírito, mas “recebidos” pela intuição. No entanto o raciocínio material sempre refletirá o sentimento escolhido pelo próprio espírito.

Se a escolha do sentimento antecede o pensamento, o ato não é gerado realmente pelo pensamento material, mas sim pelo sentimento que o espírito escolhe e que serve de base para a “história” que Deus manda transmitir.

Para a promoção da reforma íntima, devem ser alterados os sentimentos que se nutrem pelas pessoas, objetos e situações. É esta alteração que levará a Deus a transmitir “histórias” diferentes. A vigilância pedida por Jesus para que aconteça a reforma íntima deve, portanto, ser nos sentimentos que um espírito “escolhe” para reagir aos acontecimentos da vida.

No entanto, o espírito não “conhece” os sentimentos e altera a essência deles para que haja uma satisfação pessoal e não a felicidade universal. Um filho diz que ama a mãe, mas isto é impossível. O verdadeiro amor prega a igualdade entre todos e o filho sempre considera seus “pais” superiores aos outros seres humanos. O amigo diz que “chama atenção” de outro para o próprio bem deste. Na verdade “esquece” que utiliza os seus próprios “valores” (conceitos) para determinar o que é “certo”. Ter a compaixão (ser amigo) é dar a cada um a liberdade de se “achar” certo.

Os sentimentos positivos do universo levam o espírito a viver no reino de Deus, ou seja, alcançar a felicidade universal e a igualdade plena, que não permitem a existência da satisfação pessoal (sofrimento).

Como então promover a reforma íntima, se o espírito não “sabe” como vigiar seus sentimentos? Vigiando os pensamentos. Se o raciocínio material (pensamento) é apenas uma materialização do sentimento e este o espírito “compreende”, aí está o campo para a mudança. Ela deverá, então, ser feita questionando o seu raciocínio: se ele está de acordo com os ensinamentos passados pelos Mestres.