Marcio Eduardo Melo

O Verdadeiro Sentimento

Por Marcio Eduardo Melo há 6 anos

A vida não existe só pra satisfazer. Se aborrecer, também faz parte. Em uma discussão também está a vida manifestada. Na hora do aperto, é vida pulsando. É ela que pensa coisas do tipo: Ah, mas eu não queria! Isso é um absurdo! Vai pra longe de mim azar! Me deixa em paz! É ela que se pergunta porque essa coisa toda foi acontecer, e é ela que afirma que não deveria ser assim. Depois é ela que procura sair dessa, buscando paz nos intervalos das vicissitudes. Ela é o observador, observando a observação. Mas quem nós somos de verdade, a vida não consegue explicar, ela nem faz ideia, o que ela consegue, é compreender que por trás de tanta grandiosidade, existe algo maior, que se expande para além desses horizontes, e esse é o verdadeiro sentimento que a vida pode expressar.

Gileno de Sá Cardoso

PERMITA-SE ÀS INCERTEZAS DA VIDA

Por Gileno de Sá Cardoso há 6 anos

A consciência é que permite a eternização da dúvida, pois o ser humanizado consciente sempre observa a vida de fora e aceita tudo que vem dela sem nela intervir. Interfere na vida quem se sente incomodado por ela e quer viver o tempo todo controlando tudo, para ter sempre a sensação de que está entendendo tudo e de que é dono da situação. Pura ilusão. Quando o ser humanizado inconsciente acha que sua vida está errada, ele fica desarmonizado, questionando tudo e constantemente tentando "consertá-la". Assim sente o seu íntimo sempre abarrotado de conceitos e opiniões formadas que são as pontes que dão acesso à identificação com a vida, não a deixando fluir livremente. O ser humanizado sem a consciência vive sempre querendo suprimir as dúvidas, porque não consegue confiar e nem conviver com elas, pois nunca se permite às incertezas da vida. Somente o ser que tem a consciência consegue aceitar e amar de verdade à vida e ao próximo. Qualquer pessoa pode desenvolver a sua consciência e adquirir a capacidade de amar independente de credos, estudos ou tendências afinal somos todos um. Ao ser humanizado, sem consciência, só resta a alternativa de viver com a ilusão da separação.

Gileno de Sá Cardoso

A FELICIDADE ETERNA DA DÚVIDA

Por Gileno de Sá Cardoso há 7 anos

A certeza é a razão, a convicção, é a "zona de conforto". É preferível então se aventurar em procura da liberdade. Ser livre é não se apegar a nenhuma certeza, é duvidar de tudo e sair dessa zona de conforto para encontrar a Felicidade plena e contínua. A felicidade da certeza só dura até você ser discordado, por que você vai abrir mão dela em troca da razão.

Gileno de Sá Cardoso

A PROJEÇÃO DA VIDA

Por Gileno de Sá Cardoso há 7 anos

Os nossos orgãos de percepção externa são na verdade órgãos de projeção. Os estímulos elétro-bioquímicos visuais, auditivos, táteis, gustativos, olfatórios, à exemplo dos pensamentos, vêm de fora e são "metabolizados" pelo ego antes de serem projetados para a produção da vida de acordo com o que nós imaginamos ser. Dessa forma são produzidos elementos sensitivos ilusórios tais como imagens, sons, odores, sensaçõs táteis, paladares, além de sentimentos diversos e peculiares para cada indivíduo.  Ao sermos o Agora, desconsideramos os elementos sensitivos e pensamentos ilusórios incompatíveis com a Realidade, não mudando a projeção da Vida Real. Dessa forma conseguimos projetar um retrato fiel sobre o que nos é apresentado por Deus. Por isso devemos aceitar a vida como ela é, e não projetar uma vida fora da Realidade.

Renato Mendes

A palavra não é a coisa

Por Renato Mendes há 7 anos

A palavra é elemento importante na comunicação, usamos a palavra e dela retiramos o sentido que está em nossa memória.

Mas é essencial percebermos a diferença entra a palavra e a coisa em si.

Usemos como exemplo a palavra sofrimento.

Nos lembramos de alguns dos nossos sofrimentos, e quando lemos e ouvimos a respeito do sofrimento e como "escapar" dele logo o identificamos com o que está armazenado em nossas memórias e tornamo-nos sábios sobre sofrer, mas quando o sofrimento nos aflige no agora não percebemos ou não sabemos como lidar.

Nos tornamos experts nisto e em outros assuntos que tratam da felicidade mas quando precisamos identificar e colocar em prática no nosso dia a dia ficamos completamente perdidos, mas somos capazes de ensinar e expor nosso conhecimento com perfeição.

Figura

Na teoria a prática é outra.

É preciso conhecer o sofrimento, a alegria, a tristeza, a felicidade no momento em que estão presentes. E conhecer não é nomear, adjetivar, armazenar, explicar, nada disto, conhecer é vivenciar aquilo pura e simplesmente.

Note a diferença entre conhecer e reconhecer, reconhecer é trazer da memória, e quando isto acontece estamos lidando com o passado, com a palavra, mas a palavra não é a coisa, a palavra é morta, logo, de nada adianta.

Experimente a vida consciente da diferença de o que acontece com o que pensamos sobre o que acontece, o que pensamos é a palavra armazenada, ela ajuda na comunicação mas não em lidar com o que está presente. Já reparou que frequentemente não vivemos o presente e sim nossas ideias sobre o presente?

É preciso conscientizar-se do sofrimento, e para isto é preciso vive-lo no momento em que ele se apresente sem escapar para o passado utilizando-se da palavra que o representa ou projetar um futuro sem sofrimento servindo-se novamente da palavra.

Porém, não diga a si mesmo que irá aguardar o próximo momento em que sofrer para conscientizar-se, porque a palavra virá junto e é possível que troque novamente o presente pela palavra. 

Conscientize-se da vida agora, o que acontece agora, como reage agora, esteja alerta constantemente e quando o sofrimento vier experimente-o, sim, experimente, se fugir ou negar ou mesmo se quiser resolver novamente perdeu a oportunidade, aproveite cada oportunidade para experimentar a vida com tudo o que ela carrega, se a palavra vier junto, note a diferença entra a coisa viva e a coisa morta.

Viver a morte é loucura, então viva a vida, viva o presente como ele se apresenta, e não viva a morte de uma ideia a respeito da vida, o que no final das contas são meramente palavras.
Roosevelt Cardoso

A ILUSÃO SISTEMA HUMANO DE VIDA

Por Roosevelt Cardoso há 7 anos

A ILUSÃO

SISTEMA HUMANO DE VIDA

Não há aonde ir, nem menos o que buscar. O caminho é uma ilusão projetada a partir do ser. Não há alguém a ser salvo, não existe a salvação. O fim da ideia de querer se libertar é o próprio estado de libertação sem que aja alguém aí.

Não existe ninguém preso, a não ser a própria ideia de estar aprisionado. Não há prisão. O sistema humano de vida nos induz a acreditar nisso quando, como existência real, é projetado a partir do consenso entre o ser e a mente, criando a vida e a personalidade.

Uma vez estabelecido esse acordo dentro do espaço tempo, cabe ao próprio ser despertar da inconsciência via sofrimento auto-imposto, ou de forma diversa, sempre que possível não se permitir entrar nele, rejeitando qualquer argumento da mente. Aí, não haverá espaço, nem tempo e nem alguém que sofre.

Gileno de Sá Cardoso

O Real Valor do Silêncio

Por Gileno de Sá Cardoso há 7 anos

        O silêncio é contemporizador, pois coloca tudo no tempo de Deus, ou seja, ajuda a esperar as vicissitudes da vida se resolverem por sí sós, sem que ocorra intercessão pessoal na sua resolução. O que poucos sabem é que por trás disso há um componente espiritualista fundamental: para que o silêncio real ocorra, é necessário que se diga, a cada segundo, um não sei a qualquer propositura do ego.

    Se Deus é a causa primária de todas as coisas e tem um plano de vida para cada um de nós, de acordo com o nosso merecimento na Obra Geral do Universo, então só, e somente só o silêncio espiritual é capaz de retardar o nosso tempo e esperar o tempo de Deus acontecer. A vida é sagrada, portanto não deve ser tocada e a única maneira de manter a vida imaculada, é utilizando o silêncio espiritual.

    Qualquer outra forma de se conseguir o silêncio real e verdadeiro torna-se ilusória e irreal porque se originará condicionada e intencionalmente. Pode-se concluir que podemos perfeitamente experenciar a divulgação de conhecimentos espiritualistas, assim como tudo na vida, porém abrindo mão sempre de qualquer expectativa sobretudo do querer á exemplo de fama, elogio, etc. Em suma, permita-se a tudo sempre, mas nunca caia na propositura do ego.